Pessoas choram após atentado em Bruxelas com bandeira da Bélgica (Christopher Furlong / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2016 às 18h18.
Bruxelas - O número de pessoas mortas nos ataques com bomba no aeroporto e em uma estação de metrô de Bruxelas na hora do rush uma semana atrás foi revisto e reduzido para 32, excluindo os três homens-bomba, disseram promotores federais belgas nesta terça-feira.
Anteriormente as autoridades haviam estimado o total de vítimas fatais em 35, mas nesta terça-feira afirmaram que isso se deveu à contagem duplicada de três pessoas com dupla nacionalidade.
A magistrada Ine Van Wymeersch disse que todas as vítimas dos dois atentados do dia 22 de março foram identificadas e que consistiam de 17 belgas e 15 estrangeiros.
"Após uma verificação minuciosa: número de vítimas diminui para 32. 94 pessoas ainda no hospital", tuitou a ministra da Saúde da Bélgica, Maggie De Block.
Entre os estrangeiros mortos nos ataques havia cidadãos britânicos, chineses, holandeses, franceses, alemães, italianos, suecos e norte-americanos.
O aeroporto de Bruxelas começou a testar nesta terça-feira uma área improvisada de check-in que permitiria uma retomada limitada de voos de passageiros nos próximos dias.
Mas a porta-voz do aeroporto disse que o terminal não irá reabrir nem parcialmente na quarta-feira. A área de embarque ficou extremamente danificada quando Ibrahim ('Brahim') El Bakraoui e Najim Laachraoui se explodiram no local na terça-feira passada.
Khalid, irmão de Ibrahim El Bakraoui, se explodiu pouco depois em um trem do metrô de Bruxelas.
Para piorar uma série de passos em falso e equívocos das forças de segurança que vieram à tona desde os ataques, a Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) alertou a polícia da Holanda que os irmãos Bakraoui eram procurados pelas autoridades da Bélgica uma semana antes de a dupla se explodir em ataques suicidas em Bruxelas.
O ministro do Interior holandês disse que a informação foi compartilhada durante uma reunião entre autoridades belgas e holandesas no dia 17 de março, mas isso foi negado pela polícia federal belga.