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Número de deslocados em 2017 bate o recorde da década

Cerca de 12 milhões de pessoas foram deslocadas em 2017 e 76% procedem de 10 países, entre eles estão a Síria, a República Democrática do Congo e o Iraque

No total, 31 milhões de pessoas foram deslocadas pelas guerras em seus países em 2017 (Reuters/Reuters)

No total, 31 milhões de pessoas foram deslocadas pelas guerras em seus países em 2017 (Reuters/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de maio de 2018 às 10h48.

Os conflitos no mundo obrigaram no ano passado quase 12 milhões de pessoas a deslocamentos dentro de seus próprios países, um recorde na última década, indica um relatório do IDMC, organismo que monitora o tema.

No total, 11,8 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas e a uma transferência dentro das fronteiras de seus países em 2017 em consequência de conflitos e da violência (quase o dobro das 6,9 milhões de pessoas registradas no ano anterior), segundo o documento do Internal Displacement Monitoring Centre (IDMC) e do Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC).

"É o maior número registrado durante a década", afirmou Alexandra Bilak, diretora do IDMC, em Genebra.

Quarenta milhões de pessoas em todo o mundo estão deslocadas em seus países por conflito, destaca o relatório do IDMC.

"O impressionante número de pessoas obrigadas a fugir de suas casas pelos conflitos e a violência deve abrir os olhos de todos", disse Jan Egeland, secretário-geral do NRC.

Os deslocados do ano de 2017 procedem em 76% de 10 países, que incluem Síria, República Democrática do Congo e Iraque, três países que representam metade das pessoas afetadas.

A Síria registrou o deslocamento de 2,9 milhões de pessoas no ano passado, muitas delas pela segunda ou terceira vez, o que eleva o número total de deslocados a 6,8 milhões neste país devastado pela guerra.

O relatório explica ainda que 18,8 milhões de pessoas em 135 países foram afetadas por catástrofes naturais (inundações, tempestades e ciclones).

Adicionados aos milhões de deslocados pelas guerras, no total 31 milhões de pessoas eram afetadas pelo problema em seus países no ano passado, mais de 80.000 por dia.

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