O presidente da Costa Crociere, a companhia proprietária do navio, Pier Luigi Foschi, admitiu hoje que o naufrágio foi provocado por um "erro humano do capitão" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 06h00.
Roma - O número de desaparecidos após o naufrágio do cruzeiro Costa Concordia em frente à ilha italiana de Giglio é calculado em 29, e não em 16 como fora comunicado até agora, afirmou o comandante-geral da Capitania dos Portos, Marco Brusco.
Até o momento foram recuperados seis corpos, e havia sido divulgado que 16 pessoas seguiam desaparecidas, mas o alto oficial precisou hoje que seguem sem ser localizados quatro tripulantes e 25 passageiros.
Brusco confirmou que são procurados dez alemães e seis italianos, entre eles uma menina de 5 anos, mas não deu mais detalhes sobre o restante das nacionalidades dos desaparecidos.
O Departamento de Estado americano lançou um aviso de busca por dois cidadãos do país: Jeery Heil, de 69 anos, e sua mulher, Barbara, de 70.
Também permanece desaparecida a peruana Erika Soria, de 26 anos, que trabalhava como camareira no cruzeiro e foi vista pela última vez saltando a uma das lanchas.
Os mergulhadores dos bombeiros que estão realizando no resgate tiveram que suspender as tarefas de busca ontem devido às fortes ondas.
Nesta terça-feira, a situação do mar é mais tranquila e desta forma permanecerá até a próxima quarta-feira, pelo que os trabalhos continuarão sem pausa, explicou Brusco.
Por outro lado, o capitão do cruzeiro, o comandante Francesco Schettino, detido sob a acusação de homicídio culposo múltiplo, naufrágio e abandono do navio, será interrogado pelos juízes.
O presidente e executivo-chefe da Costa Crociere, a companhia proprietária do navio, Pier Luigi Foschi, admitiu hoje que o naufrágio foi provocado por um 'erro humano do capitão, que não respeitou o regulamento'.