Mundo

Número 2 norte-coreano reaparece depois de afastamento

A mudança de sorte de Choe Ryong-Hae indica que o jovem líder aceitou submeter-se a uma linha mais suave de comportamento


	Choe Ryong-hae: Choe, um vice-marechal considerado o número dois do regime, foi enviado no mês passado para uma fazenda para ser reeducado
 (AFP)

Choe Ryong-hae: Choe, um vice-marechal considerado o número dois do regime, foi enviado no mês passado para uma fazenda para ser reeducado (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 07h46.

O ex-braço direito do líder norte-coreano Kim Jong-Un voltou a fazer parte do círculo mais íntimo do poder depois de ter ficado afastado por um tempo, segundo ficou confirmado nesta quarta-feira.

De acordo com vários analistas, a mudança de sorte de Choe Ryong-Hae indica que o jovem líder aceitou submeter-se a uma linha mais suave de comportamento, depois de ganhar fama de ser intratável e responsável pela eliminação de vários altos comandantes.

A reabilitação de Choe ficou evidente com o anúncio da lista de pessoas presentes no funeral de Estado de Kim Yang-Gon, o diplomata falecido na terça-feira em um acidente de carro.

Gon era encarregado das relações com a Coreia do Sul e da questão da reunificação.

"As reabilitações de altos comandantes este ano fazem pensar que Kim Jong-Un pode estar recuando em seu reinado de terror", comentou Cheong Seong-Chang, do Instituto Sejong de Seul.

Choe, um vice-marechal considerado por muito tempo o número dois do regime, foi enviado no mês passado para uma fazenda para ser reeducado, segundo os serviços de inteligência sul-coreanos.

Segundo Seul, o dirigente foi castigado pelo vazamento de água em uma central de energia.

Outro militar punido e que reaparece na lista do funeral é Won Dong-Yon, vice-diretor de um departamento dirigido pelo falecido Kim Yang-Gon.

De acordo com Cheong, Kim Jong-Un habría reabilitou Won para substituir Kim Yang-Gon.

Durante este ano, outros dois dirigentes fora reabilitados após um breve afastamento como punição.

Kim ganhou fama de sers cruel ao chegar ao poder no final de 2011, depois da morte de seu pai, Kim Jong-Il.

Segundo informações não confirmadas, o ministro da Defesa, Hyon Yong-Chol, foi executado em abril, por ter sido visto dormindo durante atos oficiais.

Em dezembro de 2012, Kim mandou executar seu poderoso tio, Jang Song-Thaek, acusado de traição e corrupção, o que permitiu que Choe emergisse como seu braço direito.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteKim Jong-un

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru