Síria: há 2.406 feridos, centenas deles em estado grave, e dezenas de desaparecidos sob dos escombros. (Bassam Khabieh/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de fevereiro de 2018 às 10h20.
Cairo - Pelo menos 21 pessoas morreram neste sábado em novos ataques aéreos e com mísseis tipo terra-terra contra o reduto opositor de Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, palco de uma escalada da violência desde o último domingo, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Das vítimas registradas nas últimas horas, 12 morreram na cidade de Duma, a principal de Ghouta Oriental, e outras quatro na cidade da Al Shifunia.
Também foram alvo de bombardeios de aviões de guerra - que não foram identificados pela ONG - as localidades de Harasta, Zamalka e Beit Saua, e anteriormente as de Otaya, Al Mashabiya, Hush al Dauahra e Kafr Batna.
Desde a primeira hora do dia, Ghouta Oriental foi alvo de ataques aéreos e de helicópteros militares que lançaram explosivos, além dos disparos de artilharia e de mísseis de tipo terra-terra, por isso foram causados grandes danos materiais na área, afirmou o Observatório.
Os intensos ataques que prosseguiram durante a noite de sexta-feira até a manhã deste sábado sobre Saqba e Hamuriya provocaram incêndios devido ao uso de projéteis com material inflamável, acrescentou o Observatório.
Com as últimas vítimas, sobe para 492 o número de civis mortos, entre eles 116 menores de idade e 64 mulheres desde o último domingo em Ghouta Oriental, de acordo com a apuração da ONG.
Além disso, há 2.406 feridos, centenas deles em estado grave, e dezenas de desaparecidos sob dos escombros.
Por outro lado, o Observatório informou que hoje voltaram a ocorrer ataques com foguetes no centro e na periferia de Damasco, onde ontem morreram duas pessoas.
A região de Ghouta Oriental foi alvo na última semana de uma escalada da violência por parte das forças governamentais, apoiadas pela aviação russa, aliada de Damasco.
O Conselho de Segurança da ONU deve votar neste sábado uma resolução para solicitar uma trégua na Síria, após as diferenças entre a Rússia, aliado de Damasco, e os demais membros impedirem um acordo, apesar da crescente pressão internacional para agir diante da situação em Ghouta Oriental e outras regiões do território sírio.