Mundo

Novo surto de coronavírus em Pequim está sob controle, diz médico chinês

A capital chinesa registrou 158 novos casos de coronavírus na última semana; autoridades agiram rapidamente para conter o novo surto

Coronavírus: "A epidemia de Pequim foi controlada", disse Wu Zunyou (Kyodo News/Getty Images)

Coronavírus: "A epidemia de Pequim foi controlada", disse Wu Zunyou (Kyodo News/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 18 de junho de 2020 às 09h23.

Última atualização em 18 de junho de 2020 às 15h03.

Pequim conseguiu controlar seu surto mais recente do coronavírus, disse um especialista médico chinês nesta quinta-feira, mas a capital ainda pode ter novos casos esporádicos.

A cidade registrou 158 novas infecções desde que confirmou a primeira no dia 11 de junho, seu pior surto desde o início de fevereiro, que foi identificado no amplo centro atacadista de alimentos de Xinfadi, no sudoeste de Pequim.

Apesar de os casos serem poucos em comparação aos números fora da China, as autoridades reagiram rapidamente para conter os riscos de contágio na capital, que foi elogiada recentemente por suas contra medidas rigorosas.

Poucos dias após o primeiro caso, a cidade voltou a um alerta de nível dois, o segundo maior de um sistema de reação de emergência de quatro graus, estabelecendo novas restrições à circulação dos moradores.

"A epidemia de Pequim foi controlada", disse Wu Zunyou, epidemiologista-chefe do Centro para Controle e Prevenção de Doenças da China.

Julgando pelos números recentes de casos, o dia 13 de junho foi o pico do surto atual, afirmou Wu em uma coletiva de imprensa, um dia depois de os 31 novos casos confirmados no dia anterior caírem para 21.

"Quando eu digo que está sob controle, isso não significa que o número de casos será zero amanhã ou no dia seguinte", alertou.

"A tendência persistirá por um período de tempo, mas o número de casos diminuirá, como a tendência que vimos (em Pequim) em janeiro e fevereiro".

Embora Pequim não tenha sido submetida a um isolamento severo para todos, como imposto na cidade central de Wuhan, onde o vírus surgiu no final do ano passado, a capital chinesa adotou restrições rígidas de viagem.

Os moradores de 32 bairros designados como de médio risco e uma área considerada de alto risco foram proibidos de deixar a cidade, e moradores de áreas de baixo risco precisam comprovar exames negativos da doença para partir de Pequim.

Milhares de moradores foram examinados em poucos dias, já que as autoridades estão intensificando os esforços para identificar os infectados pelos casos de Xinfadi ou que contraíram o vírus no local.

Desde 30 de maio, cerca de 200 mil pessoas de toda Pequim estiveram em Xinfadi, disseram autoridades.

As pessoas que quiserem entrar em Pequim também precisam ser examinadas e isoladas em postos de quarentena centralizados.

Acompanhe tudo sobre:ChinaCoronavírus

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru