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Novo referendo dividiria os colombianos, afirma Santos

Santos reconheceu ter aprendido a lição de não fazer um referendo quando não é necessário

Juan Manuel Santos: o líder colombiano também evitou retomar a discussão dialética com seu antecessor (Reuters/Reuters)

Juan Manuel Santos: o líder colombiano também evitou retomar a discussão dialética com seu antecessor (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 09h31.

Madri - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, rejeitou nesta quarta-feira realizar um novo referendo sobre as mudanças no acordo de paz com as Farc porque seria "polarizar de novo a população colombiana" e como chefe do Estado considera que tem que evitar isso.

Santos, em entrevista à rede de televisão espanhola "Antena 3", reconheceu ter aprendido a lição de não fazer um referendo quando não é necessário.

O presidente colombiano submeteu em 2 de outubro a um referendo o acordo de paz alcançado por seu governo e a guerrilha das Farc, que, contra sua previsão, foi rejeitado por uma pequena margem de votos.

Então, as partes fizeram modificações para recolher os pedidos dos opositores, que foram aprovadas pelo Congresso, mas não submetidas ao voto popular.

Santos, que visita a Espanha, após receber na semana passada o prêmio Nobel da Paz em Oslo, reconheceu que "é muito mais difícil fazer a paz que a guerra" porque é necessário "mais habilidade e perseverança" e implica "aprender a perdoar e mudar os corações".

O líder colombiano também evitou retomar a discussão dialética com seu antecessor na presidência, Álvaro Uribe, um claro oponente aos acordos de paz.

"Não quero polemizar com Uribe, mas implementar os acordos", destacou, ao atribuir a razões políticas muitas das críticas que recebeu durante o processo de diálogo com a guerrilha.

Santos afirmou que o novo acordo tem o apoio "da imensa maioria" dos colombianos, embora reconheceu que há um setor que "nunca" estará de acordo. "É precico conviver com eles", disse a respeito.

E sobre a queda de sua popularidade, considera que nunca governou "para estar bem nas pesquisas" e que "se tivesse pensado na popularidade, não teria iniciado (o processo de paz)".

Por fim, Santos insistiu que os "vencedores" são os colombianos, após 52 anos de conflito armado e de milhões de vítimas".

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