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Novo primeiro-ministro da Coreia do Sul renuncia

O novo primeiro-ministro da Coreia do Sul renunciou após ter sido acusado de enriquecimento ilícito


	Sewol afunda na Coreia do Sul: o primeiro-ministro anterior renunciou dias após o acidente
 (KIM HONG-JI/Reuters)

Sewol afunda na Coreia do Sul: o primeiro-ministro anterior renunciou dias após o acidente (KIM HONG-JI/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 09h31.

Seul - O novo primeiro-ministro da Coreia do Sul, Ahn Dae-hee, renunciou nesta quarta-feira dias após ter sido nomeado depois de ter sido acusado de enriquecimento ilícito.

Ahn anunciou em entrevista coletiva que renuncia ao posto porque não quer se transformar "em uma carga para o governo", devido às críticas recebidas por ter se beneficiado de seu cargo público anterior para negócios pessoais, informou hoje a agência local Yonhap.

O ex-juiz do Tribunal Supremo, de 59 anos, foi eleito primeiro- ministro na quinta-feira pela presidente sul-coreana, Park Geun-hye, e aguardava o respaldo do parlamento à nomeação.

Ahn Dae-hee era a proposta do governo para substituir o até então primeiro-ministro interino, Chung Hong-won, que renunciou em 27 de abril, 11 dias depois do acidente com o Sewol, após "assumir todas as responsabilidades" pela "má gestão" do Executivo, intimidado pelas críticas dos familiares das vítimas e dos meios de comunicação.

Ahn, por sua vez, foi questionado por enriquecer graças a um escritório de advocacia que abriu há seis meses e cuja atividade teria visto favorecida por seus contatos e conhecimentos como ex-juiz do Tribunal Supremo.

Ele deixou o cargo à disposição de de Park e afirmou que doará 1,1 bilhão de wons (quase US$ 2 milhões) a organizações beneficentes.

Sua renúncia elevou ainda mais a instabilidade política que vive Coreia do Sul desde o trágico naufrágio em 16 de abril do ferri Sewol, que deixou mais de 300 mortos e provocou forte indignação na sociedade sul-coreana pelos erros nos mecanismos de prevenção de desastres e pela resposta das autoridades.

Park pediu desculpas ao país e anunciou a reestruturação de sua equipe de governo e reformas em diversas áreas para melhorar a segurança, acabar com "práticas incorretas e doentes na sociedade e o setor público" e evitar futuros acidentes.

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