Soldados carregam corpo de uma vítima do naufrágio na costa da Sicília, Itália (Antonio Parrinello/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2013 às 18h37.
Palermo - Dezenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram nesta sexta-feira no naufrágio de um barco com 250 imigrantes entre a Sicília e a Tunísia, a segunda tragédia desse tipo em pouco mais de uma semana, informou guarda costeira italiana.
A agência de notícias Ansa disse que cerca de 50 corpos já foram avistados, sendo cerca de dez crianças. O acidente ocorreu a cerca de cem quilômetros da pequena ilha italiana de Lampedusa, a sudoeste da Sicília.
No último dia 3, pelo menos 339 pessoas se afogaram após o naufrágio de um barco com imigrantes somalis e eritreus perto de Lampedusa.
A Marinha maltesa disse que uma embarcação do país resgatou 150 imigrantes, e que um navio da Marinha italiana salvou outros 56. Os feridos em estado mais grave estavam sendo levados de helicóptero para Lampedusa.
As autoridades maltesas estavam coordenando a operação de resgate, que ocorria em águas internacionais, mas dentro de uma zona de resgate abrangida por Malta.
Um avião militar maltês viu um navio em dificuldades por volta de 14h (11h em Brasília) e atirou um bote salva-vidas.
Também na sexta-feira, pelo menos 500 imigrantes em pelo menos três outros barcos chegaram ou foram resgatados em diferentes áreas da Sicília. O Alto Comissariado da ONU para Refugiados estima que 32 mil imigrantes, a maioria da África Subsaariana e de países árabes, tenham chegado neste ano ao sul da Itália e a Malta. Lampedusa, a meio caminho entre a Tunísia e a Sicília, é o local que mais recebe esses imigrantes.