O novo primeiro-ministro belga Charles Michel (E) e o rei Philippe (JASPER JACOBS/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2014 às 11h43.
Bruxelas - O novo governo da Bélgica, dirigido pelo líder dos liberais de língua francesa Charles Michel, mas dominado pelos partidos flamengos, tomou posse neste sábado, depois de prestar juramento diante do rei Philippe.
O governo de direita é resultado de uma coalizão sem precedentes entre três partidos flamengos, incluindo os nacionalistas do N-VA, e apenas uma organização política de língua francesa, o partido liberal. Os socialistas foram afastados do poder pela primeira vez em 25 anos.
O gabinete é resultado de um acordo obtido na terça-feira passada, mais de quatro meses depois das eleições de 25 de maio.
O rei aceitou a renúncia do até então primeiro-ministro, o socialista Elio di Rupo.
Os nacionalistas flamengos da N-VA, grandes vencedores das eleições em Flandres com 33% dos votos, ficaram com os cargos mais importantes, apesar do presidente do partido, Bart De Wever, ter optado por ficar de fora do governo.
O N-VA ficou com os ministérios do Interior, da Defesa, do Funcionalismo Público, das Finanças, além da secretaria de Estado para o Asilo e a Imigração.
Os francófonos do Movimento Reformista (MR) ficaram com o cargo de primeiro-ministro, além dos ministérios das Relações Exteriores, da Previdência, Energia e Meio Ambiente, assim como a pasta da Mobilidade.
Os cristão-democratas flamengos do CD&V ficarão com as pastas da Justiça, Emprego e Economia, além do ministério de Empresas Públicas.