Ángel María Villar: o procedimento aberto, segundo a Fifa, já foi encaminhado para a Câmara de Resolução do Comitê de Ética (Tom Shaw/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 15h15.
Redação Central - O Comitê de Ética da Fifa confirmou nesta quarta-feira que o presidente da Federação Espanhola (RFEF), Ángel María Villar, novo presidente homem-forte da organização da Copa do Mundo de 2018, foi alvo de investigação, o que acontecerá agora com o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Em comunicado, não foram detalhados os motivos que fizeram os Villar - e também o alemão Franz Beckenbauer - passar por pente-fino. O procedimento aberto, segundo a Fifa, já foi encaminhado para a Câmara de Resolução do Comitê de Ética.
Segundo o órgão, existem outros personagens que foram investigados por casos referentes ao espanhol e ao alemão, mas que por razões internas, os nomes não serão divulgados.
No mesmo texto, a Fifa anuncia a abertura formal de investigações por parte da Câmara de Instrução do Comitê de Ética contra Joseph Blatter e Michel Platini, ambos já suspensos por 90 dias pelo Comitê de Disciplina.
Os procedimentos contra o presidente da federação internacional e o da Uefa, respectivamente, e centram no pagamento de 2 milhões de francos suíços (R$ 8,1 milhões, em valores atuais).
A transferência do montante aconteceu em 2011 e seria referente a trabalhos feitos entre 1999 e 2002.
"A Câmara de Investigação do Comitê de Ética fará tudo o que estiver em suas mãos para assegurar que a Câmara de Resolução, presidida por Hans-Joachim Eckert, possa tomar uma decisão dentro dos anos 90 dias de suspensão (que começaram o 8 de outubro de 2015)", acrescenta o comunicado.
Entre outros que tiveram investigação aberta, conforme a Fifa confirmou hoje, está Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, por suspeitas de mal uso de fundos e descumprimento da legislação estabelecida pelo Comitê de Ética.
Mandatário da entidade brasileira entre 1989 e 2012, Teixeira está sendo investigado pelo FBI, por suposto envolvimento no escândalo de corrupção que levou outros sete dirigente à prisão em maio, inclusive seu sucessor, José Maria Marin.
Pelo mesmo motivo que o ex-presidente da CBF está sendo investigado, estão sob suspeita e com expediente contra, o suíço Jerome Valcke, secretário-geral suspenso, Eugenio Figueredo e Nicolás Leoz, ex-presidentes da Conmebol, entre outros.