Rede de transmissão elétrica: novo modelo de cálculo foi lançado pelo governo em março, em resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2013 às 18h19.
Brasília - O novo modelo de cálculo dos custos da energia de curto prazo e da operação do sistema elétrico proposto pelo governo vai praticamente eliminar o acionamento emergencial de usinas termelétricas mais caras, disse nesta quarta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.
"O modelo vai antecipar o uso das térmicas mais baratas e evitar o uso das mais caras", disse o secretário. Ou seja, as térmicas mais baratas deverão funcionar de modo mais estável, evitando o acionamento emergencial de usinas mais caras, como ocorreu no fim do ano passado e no começo de 2013.
O novo modelo de cálculo foi lançado pelo governo em março, em resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
A principal novidade é aumentar a previsibilidade --no modelo matemático de cálculo dos preços do setor-- do uso de termelétricas. Isso, segundo Zimmermann, deve fazer com que seja próximo a zero o despacho de térmicas fora da ordem de mérito.
O acionamento fora da ordem de mérito ocorre quando o governo, para garantir a segurança do abastecimento, manda ligar termelétricas mais caras emergencialmente, para manter o nível de água nos reservatórios das hidrelétricas.
"Vamos conseguir mais segurança com o custo próximo do atual", disse Zimmermann, em entrevista coletiva.
Segundo Zimmermann, o novo modelo matemático foi encaminhado nesta quarta-feira para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma semana antes do previsto na resolução do CNPE.
"A Aneel vai começar seu processo de audiência pública e tramitação, para que comecemos a usar o modelo a partir do próximo programa mensal de operação, em setembro", disse Zimmermann.