Ardern: “Os jovens não devem perder sua educação por causa de algo que é normal na vida de metade da população” (Hagen Hopkins/Getty Images)
Isabela Rovaroto
Publicado em 18 de fevereiro de 2021 às 11h43.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2021 às 13h37.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quinta-feira (18) que todas as escolas vão distribuir produtos menstruais gratuitos nos próximos três anos. O país luta para reduzir a “pobreza menstrual” — a falta de acesso a absorventes que podem afetar negativamente a educação, saúde ou emprego.
O anúncio foi feito após um programa piloto de seis meses envolvendo 3.200 alunos em 15 escolas na região de Waikato. A iniciativa, que começará em junho nas escolas, deve custar 25 milhões de dólares neozelandeses (US$ 17,96 milhões) até 2024, informou Ardern.
“Os jovens não devem perder sua educação por causa de algo que é normal na vida de metade da população”, disse a primeira-ministra do lado de fora de uma escola na cidade de Hamilton.
Ardern também informou que um em cada 12 jovens na Nova Zelândia estava faltando à escola devido à pobreza menstrual, que ocorre quando pessoas de baixa renda não podem pagar ou ter acesso a produtos adequados para menstruação.
Embora a Nova Zelândia esteja entre as nações mais ricas do mundo, estudo publicado no ano passado descobriu que até 20.000 estudantes neozelandeses corriam o risco de não ter condições de comprar absorventes ou outros produtos.
Em novembro do ano passado, a Escócia se tornou o primeiro país no mundo a oferecer gratuitamente produtos menstruais.