Jacinda Ardern (Hagen Hopkins / Correspondente/Getty Images)
Gabriela Ruic
Publicado em 2 de junho de 2020 às 10h28.
Última atualização em 2 de junho de 2020 às 10h44.
A Nova Zelândia se tornou um exemplo global de combate ao novo coronavírus. Há 11 dias sem novos casos confirmados da doença e sem indícios de transmissão comunitária da covid-19, quando não é possível determinar a origem da infecção, o país pode decretar o fim das regras de distanciamento social e das proibições de reuniões em massa.
A informação foi dada pela primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, em coletiva de imprensa sobre a possibilidade de mover o país do nível de alerta 2, onde está desde o dia 13 de março e que traz medidas mais flexíveis, para o nível de alerta 1, no qual se considera o novo coronavírus controlado no país. “Nossa estratégia de agir com força e agir cedo valeu a pena”, disse Ardern. “E em alguns casos, além das nossas expectativas”, comemorou.
De acordo com informações da imprensa, a situação será analisada nos próximos dias e novidades são esperadas a partir do dia 8 de junho. Vale notar que a data anterior de reexame da situação do país em relação aos níveis de contenção da doença era 22 de junho. Apesar das boas notícias, a Nova Zelândia informa que pretende manter as fronteiras do país fechadas.
A Nova Zelândia decretou o lockdown no país, a medida mais rígida de confinamento e distanciamento social, em 25 de março de 2020 e, pouco a pouco, passou a flexibilizar os alertas para a pandemia. O primeiro caso da doença foi anunciado no dia 28 de fevereiro e, desde então, 1.504 casos do novo coronavírus foram registrados e 22 mortes.
O exemplo da Nova Zelândia traz lições valiosas para o mundo e, principalmente, o Brasil, cujo pico da epidemia ainda não foi possível de ser estimado. Três delas são claras: comprometimento do governo federal, clareza nos números e o compromisso de manter os cuidados em uma retomada gradual da economia.