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Nova York vive um verão louco com mortos por calor e chuvas recordes

Depois das temperaturas subirem em julho, cidade registrou recorde de chuvas em agosto

Furacão Irene em Nova York: mudanças no clima da cidade (Getty Images)

Furacão Irene em Nova York: mudanças no clima da cidade (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2011 às 14h54.

Nova York - Mortes por hipertermia por causa de uma violenta onda de calor em julho e chuvas recordes em agosto com a passagem da tempestade tropical Irene fizeram com que os nova-iorquinos vissem um verão 2011 em condições climáticas extremas.

O mês de agosto foi o mais chuvoso da história de Nova York, batendo um recorde vigente desde setembro de 1882, indicou nesta quinta-feira o Serviço Meteorológico Nacional americano (NWS).

"Foi registrado um recorde de chuva para agosto de 481,33 milímetros no Central Park", informou o NWS ao divulgar suas estatísticas mensais preliminares.

"Este recorde também quebra o recorde de chuvas para qualquer mês", acrescentou o NWS, que conserva registros das precipitações em Nova York desde 1869.

Até o momento, o mês mais chuvoso da história de Nova York era setembro de 1882, com 427,99 milímetros.

Agosto já era por si só um mês chuvoso, apesar da passagem da tempestade tropical Irene no final de semana passada.

O dia mais chuvoso da história de Nova York foi 23 de setembro de 1882, com 210,31 mm, seguido de 15 de abril de 2007, com 192,27 mm.

Antes das chuvas de agosto, os nova-iorquinos viveram um mês de julho extremamente quente, com temperaturas que estiveram a ponto de bater recordes e que deixaram 14 mortos oficiais por hipertermia.

A maior parte dessas mortes foram registradas no fim de semana de 23 e 24 de julho, quando a cidade experimentou a chegada de uma onda de calor que começou no centro e no sul dos Estados Unidos e se deslocou para a costa leste.

Durante quatro dias consecutivos, Nova York registrou temperaturas de cerca de 40 graus, que afetaram particularmente os moradores dos distritos populares do Bronx (norte) e Brooklyn (sudoeste).

Entre os mortos houve uma menina de 10 anos, do Brooklyn, e duas mulheres de 36 e 33 anos, mas a maioria foi de pessoas com mais de 70 anos.

Uma segunda onda de calor menos intensa aconteceu em agosto, elevando para 19 o número total de mortos durante o verão americano devido a "hipertermia por exposição a altas temperaturas", uma cifra que, no entanto, não constitui um recorde.

"Não é um recorde. Em 2006, houve 27 mortes por hipertermia e, em 1999, mais de 40. Em 1999 foram registradas, de fato, duas ondas de calor, uma em julho e outra em agosto", indicou à AFP a diretora de assuntos públicos do escritório da Autoridade Forense de Nova York, Elena Borakove.

"No entanto, definitivamente é um verão extremo: primeiro o calor e, depois, o furacão", concluiu.

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