Destruição causada em NY pela tempestade Sandy: com exceção de algumas pequenas áreas, o sul de Manhattan está sem luz, água, nem telefone fixo ou móvel (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2012 às 14h35.
Nova York - A cidade de Nova York recuperou nesta quinta-feira boa parte de seu transporte público com a reabertura parcial de 14 linhas de metrô, mas continua lutando para devolver a normalidade aos serviços básicos a seus cidadãos, após a passagem da tempestade Sandy.
A cidade não sofre hoje os monumentais engarrafamentos de ontem graças ao metrô e à ordem para que os automóveis particulares que entrem em Manhattan tenham pelo menos três ocupantes.
Embora os comboios tenham intervalos maiores do que o habitual, a restauração parcial de 14 das 23 linhas de metrô, junto com uma recuperação limitada dos trens dos subúrbios, devolveu um pouco de sensação de normalidade aos moradores da região.
Apesar de a companhia de energia elétrica Con Edison ter restaurado na noite da quarta-feira parte do serviço em áreas do sul de Manhattan e Brooklyn, cerca de 508 mil assinantes continuam sem eletricidade no conjunto da cidade.
Um porta-voz da empresa disse hoje acreditar em que se possa retomar a provisão de energia em toda a cidade nesta sexta-feira, ou no sábado.
A Con Edison está distribuindo gelo seco em várias áreas da cidade, igual que outras empresas que tentam ajudar milhões de pessoas que ficaram sem luz em Connecticut, Nova York e sobretudo em Nova Jersey, o estado mais prejudicado. Também está distribuindo gelo tradicional em Union Square.
Como os edifícios dependem da eletricidade para levar água aos depósitos situados nos terraços, as autoridades abriram cinco fontes de água potável no sul de Manhattan para que os moradores possam levar garrafas de plástico e atender suas necessidades básicas.
Os postos de gasolina dos arredores de Nova York, especialmente no vizinho Nova Jersey, continuam tendo enormes filas, já que muitas pessoas precisam de combustível para seus geradores elétricos domésticos e muitos postos de gasolina, por sua vez, ficaram sem energia, por isso que há poucos estabelecimentos em funcionamento.
Mas a situação é muito pior em área mais isoladas. "Não há eletricidade, não há água, não há gasolina (para os geradores), não há ajuda oficial", lamentava hoje um morador da assolada região da península de Rockaway, no bairro de Queens.
O serviço de telefonia celular, que normalmente não é muito bom na cidade, também está sofrendo muitos problemas, por causa do corte de provisão de energia de antenas e a inundação de vários centros de comutação de algumas empresas do setor.
Com exceção de algumas pequenas áreas, o sul de Manhattan está sem luz, água, nem telefone fixo ou móvel.
As escolas vão continuar fechadas toda a semana. Muitos dos albergues municipais de amparo para os que tiveram que ser evacuados ficam em centros de ensino.