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Nova York propõe descriminalizar posse de maconha em público

De acordo com a proposta, a posse em público de até 25 gramas de maconha será punida com uma multa de até 100 dólares, em vez de ser considerada uma contravenção

O governador quer que a posse pública e privada sejam punidas da mesma maneira
 (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

O governador quer que a posse pública e privada sejam punidas da mesma maneira (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2012 às 16h11.

Nova York - O governador do estado de Nova York, o democrata Andrew Cuomo, apresentou nesta segunda-feira uma iniciativa para descriminalizar o porte "em público" de maconha para uso pessoal, uma medida destinada a acabar com a discriminação contra latinos e negros.

De acordo com a iniciativa legislativa liderada por Cuomo, a posse em público de até 25 gramas de maconha será punida com uma multa de até 100 dólares, em vez de ser considerada uma contravenção, como é vista atualmente.

A legislação "irá punir a posse privada ou pública de pequenas quantidades de maconha da mesma maneira", indicou o gabinete do governador de Nova York em um comunicado.

A proposta foi apresentada em meio à polêmica provocada pelas prisões crescentes, principalmente de latinos e negros, durante controles espontâneos da polícia.

Em Nova York, a posse privada de até 25 gramas de maconha é punível com uma multa de 100 dólares, desde que não seja "exibida em público".

Ao realizar verificações nas ruas, a polícia de Nova York muitas vezes exige que a pessoa esvazie seus bolsos. Desta forma, a maconha carregada é "exibida em público", o que leva a uma prisão.

Nos últimos anos, as prisões por posse de pequenas quantidades de maconha aumentaram de cerca de 2.000 pessoas no início de 1990 para mais de 50.000 hoje, a maioria delas em Nova York, segundo dados oficiais.

"Essa nova lei vai salvar milhares de nova-iorquinos, que são de maneira desproporcional jovens negros e hispânicos, de serem punidos desnecessariamente", disse Cuomo, que apresentou a iniciativa em Albany, capital do estado localizado a cerca de 240 km ao norte Nova York.

A proposta do governador recebeu apoio imediato do prefeito Michael Bloomberg, que a caracterizou de "consistente", mas voltou a defender as ações da polícia de Nova York, notando que o crime foi reduzido em 35% na última década.

Como prova do apoio da cidade, o chefe da polícia de Nova York, o comissário Ray Kelly, estava com Cuomo na conferência de imprensa em Albany, assim com o juiz de Manhattan, Cyrus Vance Jr.

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