Edifício Empire State vai cortar o consumo de energia em cerca de 40% e das emissões de carbono em mais de cem mil toneladas nos próximos 15 anos (Daniel Schwen/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 17h56.
São Paulo - À medida que Manhattan cresce e progride, as mudanças com relação ao desempenho dos edifícios são inevitáveis. Muitos imóveis recém-construídos optaram por padrões sustentáveis desde o início do projeto, já antigas possuem estruturas que necessitam de alguma modernização.
Este é o caso do projeto de retrofit do edifício Empire State, que vai cortar o consumo de energia em cerca de 40% e das emissões de carbono em mais de cem mil toneladas nos próximos 15 anos.
A cidade está tentando se tornar mais verde transformando os edifícios antigos, reequipando-os e adicionando características sustentáveis. Porém, por causa das leis de zoneamento de 1960, em alguns casos as mudanças não são permitidas.
Recentemente, a cidade apresentou a iniciativa “Zona Verde”, que Amanda Burden, presidente da Comissão de Planejamento da Cidade, caracterizou como o esforço mais abrangente de qualquer cidade dos EUA para varrer os obstáculos do zoneamento para a construção ou reabilitação de edifícios verdes.
"Removendo os impedimentos de zoneamento para edifícios verdes daremos aos proprietários dos edifícios mais escolhas para fazer investimentos, poupar dinheiro, energia e melhorar a qualidade do nosso meio ambiente", explicou Amanda.
A “Zona Verde” representa mais um passo à frente para a cidade em termos de promoção de uma metrópole sustentável. "Hoje, estamos em uma encruzilhada no que diz respeito ao desempenho dos nossos edifícios. Sabemos que eles devem realizar muito mais do que uma vez foram projetados para fazer - eles podem economizar energia e gerar energia limpa e renovável; reduzir os encargos que colocam sobre a infraestrutura da cidade, apoiar a ecologia e proporcionar um ambiente mais saudável para os nova-iorquinos. Também sabemos que não podemos realizar isso só com a construção de novos edifícios ‘verdes’ de alto desempenho. Devemos também melhorar o desempenho dos edifícios já existentes, que representam 85% dos edifícios que teremos em 2030", explicou a presidente da Comissão de Planejamento da Cidade.
A alteração do texto das leis de zoneamento existente permitirá maior flexibilidade para acomodar uma ampla gama de recursos no último piso, incluindo telhados verdes e equipamentos de gestão de águas pluviais, caldeiras ou instalações de cogeração, decks de lazer e escadas e elevadores que fornecem acesso ao último piso; dispositivos que permitem sombreamento e telas para projetar a construção de fachadas nas áreas abertas, e permitirá que turbinas eólicas excedam um limite de altura quando colocadas no topo de edifícios perto do mar, onde os ventos são mais favoráveis à geração de energia.
Embora a alteração deva atender a aprovação pública antes de ser promulgada, a cidade está confiante de que a proposta será aprovada.
Nos últimos dez anos, o Departamento de Planejamento da Cidade completou mais de cem rezoneamentos e inúmeras alterações do texto da “Resolução do Zoneamento”, para promover o desenvolvimento orientado de trânsito e o crescimento sustentável de Nova York.
Através de uma série de iniciativas, a infraestrutura verde dos bairros foi melhorada com árvores nas ruas, jardins na frente das construções, gestão de águas pluviais para os lotes de estacionamento; alternativas aprimoradas para uso da bicicleta e de partilha de automóveis, e promover a disponibilidade de alimentos saudáveis e frescos pelo programa FRESH - Food Retail Expansion to Support Health.
As informações completas sobre a proposta e a revisão pública estão disponíveis, em inglês, no site do Departamento de Planejamento da Cidade (DCP- Department of City Planning).