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Nova York aprova pedágio urbano de R$ 52; entenda como funciona

Medida, criticada por Donald Trump, deve render R$ 86 bilhões para modernizar o trânsito da cidade

Os passageiros de táxi pagariam US$ 0,75 (R$ 4,35) por viagem (AFP/AFP)

Os passageiros de táxi pagariam US$ 0,75 (R$ 4,35) por viagem (AFP/AFP)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 06h25.

A Autoridade de Transportes Metropolitanos de Nova York aprovou um plano de pedágio urbano para Manhattan que o presidente eleito Donald Trump ameaçou encerrar assim que assumir o cargo.

O conselho da MTA (sigla em inglês), que administra o trânsito da cidade e está implementando o novo plano, votou por 12 a 1 para iniciar o programa, que fornecerá US$ 15 bilhões (R$ 86 bilhões) para modernizar um sistema com mais de 100 anos, segundo autoridades informaram à Bloomberg.

“O trânsito precisa ser preservado, expandido e melhorado ou Nova York não será Nova York”, disse Janno Lieber, diretor executivo da MTA, durante a reunião do conselho. “Nova York não poderia existir sem ele.”

O programa cobrará US$ 9 (R$ 52) dos motoristas do E-ZPass que entram ao sul da 60th Street em Manhattan durante o horário de pico, que é das 5h às 21h nos dias úteis, com caminhões do E-ZPass pagando US$ 14,40 (R$ 83) durante esse horário. Veículos sem um E-ZPass pagariam mais.

Descontos durante a noite

Motoristas que já pagam pedágios nos túneis Lincoln, Holland, Queens-Midtown ou Brooklyn-Battery receberão descontos durante os horários de pico para reduzir a nova taxa. As tarifas também serão significativamente mais baratas ao dirigir durante a noite com carros de passeio E-ZPass pagando US$ 2,25 (R$ 13) e caminhões pagando US$ 3,60 (R$ 20,75). Sob o novo plano, os passageiros de táxi pagariam US$ 0,75 (R$ 4,35) por viagem, enquanto os clientes que viajassem em um veículo alugado, como Uber e Lyft, pagariam US$ 1,50 (R$ 8,65).

A nova receita ajudará a atualizar os sinais do metrô da década de 1930, tornar as estações mais acessíveis, pagar por novos ônibus elétricos e estender o metrô da Second Avenue até o Harlem.

Os críticos do programa dizem que ele prejudicará as empresas que estão nessas zonas com pedágio e colocará pressão sobre os passageiros de baixa renda e as famílias que precisam dirigir até a área atingida pelas novas tarifas

A governadora de Nova York, Kathy Rochul reiniciou o programa na semana passada, que é o primeiro do tipo nos EUA, e cortou os preços em 40% para ajudar a aliviar os custos para famílias trabalhadoras e pequenas empresas. A taxa de US$ 9 (R$ 51,90) aumentará gradualmente para a taxa original de US$ 15 (R$ 86,50) em 2031. Os motoristas devem começar a pagar o pedágio em 5 de janeiro.

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