Jacinda Ardern, nova premiê da Nova Zelândia (Ross Setford/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de outubro de 2017 às 06h41.
Última atualização em 19 de outubro de 2017 às 06h43.
Sydney - A líder do Partido Trabalhista da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, será a próxima primeira-ministra do país, após conseguir um acordo com a formação nacionalista Nova Zelândia Primeiro, anunciado nesta quinta-feira.
O líder nacionalista, Winston Peters, disse que a maioria dos cidadãos votou "por uma mudança de governo" e com seu anúncio de apoio a Jacinda, encerra a incerteza criada após os apertados resultados nas eleições do dia 23 de setembro, em que o Partido Nacional - no poder - atingiu 45% dos votos e foi a organização política mais votada.
O Partido Trabalhista (centro-esquerda, 46 parlamentares) e o Nova Zelândia Primeiro (nacionalista, 9) governarão junto ao Partido Verde (esquerda, 8) e controlarão 63 das 120 cadeiras da nova legislatura.
O Nacional (centro-direita, 56) e ACT Nova Zelândia (extrema-direita, 1) exercerão de oposição no Parlamento unicameral.
Peters, cuja formação se opõe à imigração, justificou sua decisão ao dizer que "existe muita gente vivendo em condições degradadas e pobres" que foi esquecida por aqueles que estiveram no poder.
O Partido Nacional governa a Nova Zelândia desde 2008: os primeiros oito anos com John Key como primeiro-ministro e desde dezembro de 2016 com o seu sucessor, Bill English.
Peters afirmou que: "O capitalismo necessita readquirir seu rosto humano", disse, revelando que entre os acordos alcançados para governar destaca a construção de 10 mil moradias acessíveis.
Jacinda Ardern, de 37 anos, que será a terceira mulher a governar a Nova Zelândia, prometeu durante a campanha combater a pobreza infantil, construir moradias baratas, melhorar a qualidade das águas, reduzir a imigração e descriminalizar o aborto, entre outras questões.
De acordo com um relatório recente da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a economia da Nova Zelândia cresceu 3% nos últimos três anos "e deverá continuar forte em 2018".