Jacinda, de 37 anos, disse que buscará implementar uma lei de zero emissões de carbono até o ano de 2050 e a criação de uma comissão sobre a mudança climática (Ross Setford/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de outubro de 2017 às 07h35.
Sydney - A primeira-ministra eleita da Nova Zelândia, a trabalhista Jacinda Ardern, anunciou nesta sexta-feira que formará um governo de 28 membros e destacou que dará prioridade à luta contra a mudança climática, pobreza e igualdade de gênero.
O gabinete será formado por 16 trabalhistas e quatro membros do partido nacionalista a Nova Zelândia Primeiro, que permitiu a formação do governo após as eleições de setembro, onde Jacinda ficou em segundo lugar, atras do candidato conservador, Bill English.
A coalizão conta com o apoio do Partido Verde que ocupará três das oito carteiras ministeriais externas ao gabinete.
Jacinda Ardern fez o anúncio em uma entrevista coletiva, onde evitou especificar como será a repartição de carteiras entre os membros do governo, que tem a previsão de fazer o juramento na próxima quinta-feira.
A líder trabalhista explicou que já tinha falado com Winston Peters, líder da Nova Zelândia Primeiro, a quem ofereceu o cargo de vice-primeiro ministro, mas ainda não teve resposta.
"Depois de um longo período de negociações, principalmente em torno da política, ele quer um tempo para pensar", disse.
Jacinda, de 37 anos, disse que buscará implementar uma lei de zero emissões de carbono até o ano de 2050 e a criação de uma comissão sobre a mudança climática.
Ela também disse que seu governo manterá as políticas sobre reduções de impostos e subsídios familiares.
"Isto significa que estamos descartando os planos do Partido Nacional (que governou desde 2008) e os estamos substituindo com os pacotes trabalhistas que são substancialmente mais generosos para famílias de baixa renda", disse.
A nova primeira-ministra também anunciou sua intenção de convocar um referendo para decidir se legaliza ou não a maconha durante seus três anos de mandato.