A presidente do Partido Quebequense, Pauline Marois: governo teve que aceitar alterações de projeto de lei para aprová-lo e superar, assim, quinze dias de greve (REUTERS)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2013 às 14h00.
Montreal - A Assembleia Nacional da província canadense de Quebec aprovou, na madrugada desta segunda-feira, uma lei especial que obriga 77 mil grevistas da construção civil a voltar ao trabalho.
O projeto de lei - aprovado depois de 14 horas de debate com a oposição - prorroga as convenções coletivas do trabalho em vigor por um ano (ao invés dos quatro previstos no projeto original) e decreta um aumento dos salários de 2% para o próximo ano.
O movimento social que levou este setor vital da economia da província à greve não tem precedentes desde 1986.
Os sindicatos pediam que os aumentos fossem de 3% a partir do primeiro ano, enquanto os patrões propunham 1% de reajuste.
O governo separatista minoritário (do Partido Quebequense), da primeira-ministra Pauline Marois, teve que aceitar as alterações do seu projeto de lei para aprová-lo e superar, assim, quinze dias de uma greve histórica.
Cerca de 75 mil trabalhadores da construção civil devem voltar ao trabalho na terça-feira às 6H30 (7H30 no horário de Brasília) ou deverão arcar com multas que variam de 100 a 500 dólares. As punições podem chegar a 125 mil dólares, caso um sindicato ou associação patronal não respeite a lei.