Lima, no Peru: país cresceu, mas não eliminou disparidades na população (Christian911/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2011 às 13h34.
Brasília – Nos últimos anos, o Peru registrou crescimento econômico médio de 8% ao ano. Porém, o país vive em permanente turbulência causada pelo elevado percentual de peruanos na faixa de pobreza extrema, a baixa qualidade no mercado de trabalho e os conflitos entre indígenas e policiais levaram, no ano passado, à morte 34 pessoas.
De acordo com o Banco Mundial, 34% da população vive na faixa de pobreza considerada extrema e mais de 70% dos trabalhadores atuam em atividades precárias. As dificuldades levaram o atual presidente do Peru, Alan Garcia, a promover mudanças na sua equipe ministerial e a prestar esclarecimentos públicos.
Porém, as dificuldades do Peru não afetam as relações com o Brasil. De acordo com negociadores brasileiros, a tendência é de ampliar as relações econômicas e comerciais. Em 2010, o comércio bilateral envolveu US$ 565.853 milhões com superávit favorável para o Brasil de US$ 178.098 milhões.
O comércio entre os dois países é baseado na exportação automóveis, maquinários, peças de reposição de veículos e alguns produtos industrializados. A importação está concentrada nos minérios.
A disputa pela sucessão presidencial no Peru tem entre os personagens o fantasma do ex-presidente Alberto Fujimori cuja filha Keiko, que foi a primeira-dama mais jovem das Américas, com 19 anos, pois o pai estava divorciado da mãe dela, pode ser eleita.
Em 2009, a Corte Suprema peruana condenou Fujimori a 25 anos de prisão, por violações de direitos humanos em dois massacres pelos sequestros do jornalista Gustavo Gorriti e do empresário Samuel Deyer. O ex-presidente nega participação nos atos. Também pesam contra ele condenações por corrupção e enriquecimento ilícito.
Com 89% da população alfabetizada, o Peru registra elevados percentuais de desenvolvimento em áreas específicas.