"A Noruega foi sacudida pelo mal", disse nesta sexta-feira o premiê Jens Stoltenberg (Lionel Bonaventure/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2011 às 22h19.
São Paulo - O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, condenou com veemência os atentados terroristas desta sexta-feira em Oslo, capital do país. O premiê descreveu os ataques como “sangrentos e covardes”. Afirmou ainda que a Noruega foi “sacudida pelo mal” e reagirá aos ataques.
Nesta sexta-feira, Oslo foi alvo de dois atentados terroristas: o primeiro foi a explosão de um carro-bomba próximo ao complexo governamental. Mais tarde, houve um tiroteio em um acampamento para jovens na ilha de Utoya, no oeste da cidade. A polícia informou que a explosão em Oslo matou sete pessoas e deixou dez feridos, de acordo com fontes oficiais. No outro atentado, um homem vestido com uniforme policial matou a tiros dez pessoas. Bombas não detonadas teriam sido encontradas na ilha.
“Eu tenho uma mensagem para aqueles que nos atacaram, uma mensagem de toda a Noruega. Vocês não podem nos destruir, vocês não vão destruir nossa democracia”, disse Stoltenberg, em tom emocionado. “Nós somos uma nação pequena, porém orgulhosa. Ninguém nos silenciará nos explodindo. Ninguém nos silenciará atirando em nós. O mais importante agora é cuidar uns dos outros”, completou.
No mesmo encontro com os jornalistas, o ministro norueguês da Justiça, Knut Storberget, confirmou a morte de sete pessoas e dez feridos graves no ataque com explosivos na região central da capital. Ele também afirmou que o suspeito preso após o tiroteio na ilha de Utoya é norueguês, apesar de não especificar se ele agiu sozinho ou não.
Autoria - Ainda não se sabe quem é resposável pelos atentados terroristas. Só há conjecturas. Inicialmente, o grupo jihadista Ansar al-Jihad al-Aleimi havia reivindicado a autoria dos ataques em um fórum árabe na internet. O responsável pelo comunicado, no entanto, enviou uma retratação logo em seguida.
A polícia norueguesa suspeita que a ação terrorista não tem origem estrangeiras e, sim, de "movimentos locais antigoverno", informou nesta sexta-feira o jornal britânico The Guardian. Segundo fontes policiais citadas pelo periódico, o atirador do acampamento estava vinculado ao atentado com bomba.