Mundo

Norma proíbe barbas compridas e causa polêmica na Filadélfia

O distrito escolar da Filadélfia impôs uma norma há quatro anos que proíbe seus funcionários de terem barbas com mais de um quarto de polegada


	Barba: as partes finalmente chegaram a um acordo
 (Stock.XCHNG)

Barba: as partes finalmente chegaram a um acordo (Stock.XCHNG)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 10h16.

Washington - O distrito escolar da Filadélfia, nos Estados Unidos, impôs uma norma há quatro anos que proíbe seus funcionários de terem barbas com mais de um quarto de polegada (pouco mais de meio centímetro), o que obrigou a Justiça Federal a intervir para garantir o respeito à liberdade religiosa.

As partes finalmente chegaram a um acordo que encerra um processo por discriminação religiosa aberto em março e obriga o distrito a revisar suas normas de aparência física para que garantam o respeito à liberdade de fé, informou o Departamento de Justiça em comunicado.

A ação representava o mal-estar de um veterano funcionário do distrito, o policial Abu-Bakr, que após 27 anos trabalhando no mesmo posto com a barba comprida teve que enfrentar a nova norma de 2010, em conflito com sua fé islâmica, que não permite que se barbeie ou a apare.

"Os indivíduos não têm que ser obrigados a escolher entre manter seus postos de trabalho e praticar sua fé, quando podem ser feitas adaptações razoáveis", considerou Jocelyn Samuels, da divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça.

Com o acordo alcançado hoje o distrito é obrigado a considerar as exceções ou adaptações em suas normas de aparência física por motivos religiosos.

Além disso, a decisão obriga o distrito a manter um "processo interativo" com seus funcionários antes de negar uma adaptação da norma por motivos religiosos, como aconteceu com o agente Abu-Bakr, que não teve seu pedido considerado.

O agente tinha notificado previamente ao seu supervisor que não podia cumprir a nova legislação por causa da sua fé islâmica, mas recebeu uma reprimenda por escrito por não ter cumprido o estabelecido.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)IslamismoPaíses ricosReligião

Mais de Mundo

Macron afirma a Milei que França não assinará acordo entre UE e Mercosul

Sánchez apoiará Lula no G20 por um imposto global sobre grandes fortunas

Biden autoriza Ucrânia a usar armas dos EUA para atacar Rússia, diz agência

Porta-voz do Hezbollah é morto em ataque israelense em Beirute