O nomes do PMDB devem ser divulgados quando todos os quadros estiverem definidos (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 18h18.
Brasília - O anúncio dos nomes dos ministros do PMDB no governo Dilma Rousseff não deverá ser feito aos poucos, mas de uma única vez, quando todos os quadros estiverem definidos. A informação é de uma alta fonte do partido, que pediu anonimato.
Havia a expectativa de que a presidente eleita anunciasse nesta sexta-feira o nome de peemedebistas junto com a confirmação de integrantes de seu futuro governo, o que não se concretizou. Foram anunciados apenas três ministros, todos ligados ao PT.
Entre as pretensões do PMDB, segundo a fonte, dois nomes são dados como certos: o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deve voltar para o Ministério de Minas e Energia e o atual ministro da Agricultura, Wagner Rossi, deve permanecer no cargo.
Segundo o peemedebista, o partido está negociando também os ministérios da Previdência e do Turismo, entre outros.
Para a Previdência, está cotado o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco que é aliado do vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB-SP). Apesar da pressão de Temer para que Franco seja ministro, o nome do ex-governador fluminense ainda enfrenta pressões dentro do próprio partido, que preferem ver a indicação como sendo da cota pessoal de Temer.
O Ministério da Saúde, hoje ocupado pelo peemedebista José Gomes Temporão (PMDB), é alvo de disputa entre PT e PMDB. Pelo lado do PT, o nome possível é o do atual ministro das Relações Institucionais, o médico Alexandre Padilha, cuja recondução não foi confirmada nesta sexta-feira, como especulado.
A pasta da Saúde foi objeto de imbróglio nesta semana protagonizado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Após afirmar que o secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, assumiria a pasta, acabou se desculpando da atitude. O nome de Côrtes não é consenso no PMDB.
Nesta tarde, por meio de nota, Dilma confirmou Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda que caiu por escândalo em 2006, como chefe da Casa Civil. Gilberto Carvalho, atual chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai comandar a Secretaria-Geral da Presidência, responsável pelo diálogo do governo com as entidades da sociedade civil.
Na Justiça, foi confirmado o nome do deputado José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores da equipe de transição de governo e secretário-geral do PT. Ele é advogado e procurador do município de São Paulo desde 1982.
No dia 24 de novembro, Dilma formalizou os ministros da equipe econômica, composta por Guido Mantega (Fazenda), que permanece no cargo, Alexandre Tombini (Banco Central) e Miriam Belchior (Planejamento).