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No segundo dia do Lixo Zero, menos cariocas são multados

Apesar do número menor de multa em relação ao primeiro dia, segundo dia do Programa Lixo Zero teve mais resistências dos cidadãos

Equipes, formadas por garis, guardas municipais e policiais militares, circulam pela cidade multando quem jogar lixo no chão (Tânia Rego/ABr)

Equipes, formadas por garis, guardas municipais e policiais militares, circulam pela cidade multando quem jogar lixo no chão (Tânia Rego/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 19h02.

Rio - O número de multas para quem joga lixo na rua registrado no segundo dia do Programa Lixo Zero no centro do Rio foi menor do que no primeiro - um sinal de que as pessoas já estão mais cuidadosas. Entre 7h e 17h desta quarta-feira, 21, foram aplicadas 50 multas, contra 110 nesse mesmo período, na terça-feira (das 7h às 22h foram 121). Por outro lado, houve mais resistências: em geral de pessoas que alegaram desconhecer a Lei de Limpeza Urbana e questionaram o valor da multa mínima, de R$ 157.

A funcionária administrativa Monique Rodrigues, de 26 anos, ficou revoltada ao ser abordada por jogar uma guimba de cigarro no chão, na Cinelândia. "Um monte de gente joga e não é punida, por que eu? É um hábito, e eu não sabia da lei, porque não vejo televisão nem leio jornal. A lei é correta, mas R$ 157 é muito caro", lamentou Monique, que se recusou a dizer seu CPF, mas acabou cedendo, diante da possibilidade de ser levada para uma delegacia.

Na Avenida Rio Branco, um rapaz também se recusou a fornecer seus dados, sustentando que só o faria na presença de um guarda municipal - as equipes são formadas por um guarda, que expede a multa, um agente da Companhia de Limpeza Urbana, que faz a abordagem, e um policial militar, que só entra em cena em casos de resistência. O infrator acabou cedendo depois que um tenente-coronel da PM interveio. Um comerciante foi multado por descartar um único palito de fósforo fora da lixeira.

Alguns funcionários contaram à reportagem que fizeram vista grossa ao presenciar determinadas infrações. "Aliviei umas quatro pessoas, uma por estar desempregada, uma com necessidades especiais, uma senhora idosa... A gente ouve uma história triste e amolece", admitiu um agente da Comlurb, sem se identificar, para não ser punido.

A determinação, no entanto, é "sujou, pagou". "Não há tolerância. A pessoa tem o direito de recorrer depois, argumentar", disse o coordenador operacional da companhia, Fernando Alves. Ele informou que as equipes são diferentes todo dia, o que dificulta com que os integrantes se unam para aceitar possíveis subornos. Fiscais estão nas ruas para coibir desvios.

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