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No Japão, político toma água de usina nuclear que explodiu

O objetivo era provar que não há risco de contaminação na Usina de Fukushima

A Usina Nuclear de Fukushima Daiichi teve os reatores danificados pelo terremoto seguido de tsunami, em 11 de março deste ano (AFP/Air Photo Service/Ho/Arquivo)

A Usina Nuclear de Fukushima Daiichi teve os reatores danificados pelo terremoto seguido de tsunami, em 11 de março deste ano (AFP/Air Photo Service/Ho/Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 12h24.

Brasília – Pouco mais de sete meses depois dos acidentes radioativos no Japão, um integrante do governo quis comprovar hoje (1º) que não há risco de contaminação na região que cerca a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país, onde houve as explosões e os vazamentos radioativos. O porta-voz parlamentar do gabinete do governo, Yasuhiro Sonoda, tomou água coletada na usina.

A Usina Nuclear de Fukushima Daiichi teve os reatores danificados pelo terremoto seguido de tsunami, em 11 de março deste ano. Sonoda tomou a água após ser desafiado pelos jornalistas que estavam no local e perguntavam sobre o risco de contaminação.

A água que Sonoda tomou foi retirada de poças localizadas embaixo dos prédios de dois reatores da usina danificada. Esta água passou por um processo de descontaminação e já está sendo usada para regar plantas, segundo autoridades.

Para demonstrar que não há ameaças na região de Fukushima, o governo autorizará que jornalistas visitem o local no dia 12 de novembro. Será a primeira vez que jornalistas visitam a área desde o dia 11 de março.

Desde o terremoto seguido por tsunami, as autoridades do Japão impuseram uma zona de exclusão de 20 quilômetros ao redor da usina. Cidades inteiras foram esvaziadas e a população ainda não retornou a esses locais. Paralelamente, o governo anuncia que será criada uma agência de reconstrução para intensificar a reconstrução das áreas atingidas pelo terremoto e o tsunami.

A sede da agência será em Tóquio, mas com filiais em Iwate, Miyagi e Fukushima. Pelo projeto, a agência vai funcionar por dez anos, até março de 2021, quando o trabalho será submetido a uma reavaliação. Com informações da BBC Brasil e a emissora estatal de televisão do Japão, NHK.

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