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Nippon Steel e US Steel apresentam ação judicial contra os EUA por bloquear fusão

Empresas questionam legalidade da decisão presidencial que interrompeu a criação de gigante siderúrgica

Nippon Steel: ação judicial contra bloqueio de fusão com US Steel, avaliada em US$ 14 bilhões (AFP)

Nippon Steel: ação judicial contra bloqueio de fusão com US Steel, avaliada em US$ 14 bilhões (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 18h54.

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A siderúrgica japonesa Nippon Steel apresentou, nesta segunda-feira, uma ação judicial em parceria com a US Steel para anular a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de bloquear a aquisição da siderúrgica americana.

Segundo comunicado da Nippon Steel, a ação foi protocolada no Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia. O processo contesta a “violação da garantia constitucional do devido processo e dos requisitos processuais legais, bem como a influência política ilegal”.

A medida foi movida em conjunto com a US Steel após ambas divulgarem uma declaração conjunta criticando a decisão de Biden e classificando o procedimento como ilegal.

Razões para contestação

As empresas argumentaram que o bloqueio não está alinhado com as normas do Comitê de Investimentos Estrangeiros dos Estados Unidos (CFIUS). Este órgão não alcançou um consenso e transferiu a palavra final ao presidente.

No mesmo documento, as empresas classificam os argumentos de Biden, que defende que sua decisão protege a “segurança nacional”, como infundados. As siderúrgicas sugerem que o bloqueio atende a interesses políticos e destacam que tomarão “todas as medidas apropriadas” para proteger seus direitos, incluindo a judicialização do caso.

Impactos na siderurgia global

A decisão de Biden marca uma postura mais protecionista, distante da política de abertura para investimentos que prevaleceu nos EUA por décadas. Esse movimento ganhou força em 2017, com a presidência de Donald Trump, que também havia prometido bloquear a fusão caso retornasse ao poder em 20 de janeiro.
A operação, avaliada em cerca de US$ 14 bilhões, tinha o objetivo de unir a quarta maior siderúrgica do mundo, a Nippon Steel, com a US Steel, a 24ª em volume de produção. A fusão criaria um colosso capaz de competir com gigantes como a ArcelorMittal e as líderes chinesas, encabeçadas pela Baowu Steel.

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