Aglomeração em local de explosão de bomba: comunicado afirmou que mais de 6 mil membros das forças de segurança, composta pela polícia e Exército, seriam mobilizados para proteger o FEM África em Abuja (Afolabi Sotunde/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2014 às 08h53.
Abuja - A Nigéria vai montar uma grande operação de segurança para proteger o Fórum Econômico Mundial na África, planejado para Abuja na próxima semana, após militantes islâmicos suspeitos realizarem um atentado a bomba nos arredores da capital na segunda-feira, disseram os organizadores nigerianos do evento.
"Nosso planejamento de segurança para o Fórum Econômico Mundial na África (marcado para 7 e 9 de maio) está bem avançado e vai ser a maior operação de segurança já montada nesse país para uma cúpula internacional", disse o ministro das Finanças nigeriano, Ngozi Okonjo-Iwela, em um comunicado enviado aos participantes do fórum ao qual a Reuters teve acesso.
A explosão na hora mais movimentada da manhã de segunda em uma estação de ônibus em Nyanya, no qual morreram 71 pessoas e outras ficaram feridas, foi o ataque mais violento de todos os tempos na capital do maior produtor de petróleo da África e atual maior economia africana.
Enquanto o presidente Goodluck Jonathan acusa o grupo islâmico Boko Haram, que conduz uma insurgência contra o governo na região nordeste do país, o ataque a bomba desperta questionamentos sobre a habilidade do governo de proteger a capital.
Referindo-se ao que chamou "suspeita de ato de terrorismo", o comunicado afirmou que mais de 6 mil membros das forças de segurança, composta pela polícia e Exército, seriam mobilizados para proteger o FEM África em Abuja, cobrindo uma área de 250 quilômetros quadrados.
O comunicado garantiu aos participantes que estarão seguros e expressou "nosso profundo compromisso de que esses eventos trágicos não vão impedir de cumprir nossa promessa de sediar um encontro de nível mundial no próximo mês". O texto também foi assinado por Nwanze Okidegbe, principal assessor econômico do presidente Jonathan.