(COMBO) Esta combinação de imagens de arquivo criada em 25 de outubro de 2024 mostra o presidente venezuelano Nicolás Maduro durante uma entrevista coletiva sobre a eleição presidencial no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, em 2 de agosto de 2024, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de inauguração do IMPA Tech, uma universidade de matemática liderada pelo Instituto Brasileiro de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), no Rio de Janeiro, Brasil, em 2 de abril de 2024. O governo venezuelano denunciou em 24 de outubro de 2024 que o Brasil vetou sua entrada no BRICS durante a cúpula realizada na cidade russa de Kazan, um ato considerado uma "agressão" e "gesto hostil" contra o país (Juan BARRETO e MAURO PIMENTEL /AFP)
Agência de notícias
Publicado em 29 de outubro de 2024 às 07h23.
Nicolás Maduro chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se pronunciar sobre o veto do governo brasileiro que bloqueou a entrada da Venezuela no Brics.
“Prefiro esperar que Lula observe, esteja bem informado sobre os acontecimentos, e que ele, como chefe de Estado, em seu momento, diga o que tem que dizer", expressou Maduro, em seu programa semanal na TV pública, na última segunda-feira, 28.
O governante de esquerda evitou responsabilizar Lula diretamente pelo veto, e mirou nos funcionários da chancelaria brasileira. “O Itamaraty tem sido um poder dentro do poder no Brasil há muitos anos. Sempre conspirou contra a Venezuela. É uma chancelaria muito ligada ao Departamento de Estado americano, desde a época do golpe de Estado contra João Goulart”, disse Maduro.
Antigo aliado de Maduro e de seu antecessor Hugo Chávez, Lula distanciou-se do presidente venezuelano após a reeleição polêmica deste último, em julho, que a oposição venezuelana denunciou como fraudulenta.
No último sábado, o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, questionou o acidente doméstico sofrido por Lula, que chamou de "álibi" para justificar a ausência do brasileiro na reunião do bloco. "Não me pronuncio sobre esse tema. Cabe aos médicos e ao presidente Lula falar", disse Maduro.
“Devemos esperar resultados dos nossos próprios esforços, nunca depender de ninguém, seja quem for. Não dependemos do Brasil para nada, nem de ninguém”, ressaltou o presidente venezuelano, que indicou que continuará insistindo na entrada da Venezuela no Brics.