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Neve paralisa leste dos EUA

A imprensa americana contabiliza entre 18 e 21 mortos, a maioria em acidentes de trânsito

Neve em Washington  (AFP)

Neve em Washington (AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 14h26.

Washington - Uma forte tempestade de neve atingia com violência nesta sexta-feira o leste dos Estados Unidos, enquanto o mau tempo avançava para o nordeste, depois de ter deixado mortos e prejudicado o deslocamento de milhões de pessoas.

Uma camada de neve, que em alguns locais alcança 60 centímetros, cobria as regiões leste e sul do país, enquanto em Washington, onde as pessoas pegaram seus esquis, o governo central suspendeu seus trabalhos.

A imprensa americana contabiliza entre 18 e 21 mortos, a maioria em acidentes de trânsito.

Uma mulher grávida morreu depois de ter ficado ferida por um limpa-neve em Nova York, e seu bebê foi salvo por uma cesária. O estado da criança é grave.

Um homem, internado em um hospital psiquiátrico de Washington, foi encontrado morto na neve, segundo o prefeito da capital.

O Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) advertiu que a tempestade perdia força sobre a costa leste, mas que causaria fortes quedas de temperatura no nordeste, principalmente na região dos Apalaches e da Nova Inglaterra, perto da fronteira com o Canadá.

Depois de um breve intervalo, novas nevascas são esperadas sobre a costa leste no sábado.

Os atrasos e cancelamentos de voos deverão prosseguir por vários dias. As companhias aéreas tentam solucionar a situação de uma grande quantidade de passageiros presos em aeroportos.

No total, 6.850 voos foram cancelados na quinta-feira partindo ou chegando aos Estados Unidos, segundo o site especializado FlightAware.com. Mais de 3.800 voos foram reprogramados.


A alternativa de viajar por estradas, no entanto, tornou-se perigosa diante da fina camada de gelo que cobre diversas estradas, como a Pennsylvania Tumpike, onde foram registrados diversos acidentes.

Imagens obtidas por helicópteros mostravam nesta sexta-feira dezenas de carros e caminhões acidentados.

A tempestade também gerou uma grande polêmica em Nova York, depois da decisão do prefeito Bill de Blasio de manter as escolas abertas.

De Blasio defendeu a medida alegando que pais que trabalham precisam que as escolas ofereçam um lugar seguro para que as crianças estudem e se alimentem durante o dia.

Guarda Nacional mobilizada para auxílio

Mais de 2.300 militares da Guarda Nacional foram mobilizados na quinta-feira em sete estados - de Geórgia a Delaware - para ajudar os serviços de emergência, informou o Pentágono.

Segundo o Departamento de Energia, 800.000 lares ou empresas ficaram sem eletricidade na tarde de quinta-feira em 11 estados das regiões sul e leste, dos quais 340.000 na Carolina do Norte e do Sul.

Em Washington a neve voltou a cair com força na noite de quinta-feira, após um dia de chuva.

A circulação ficou extremamente difícil devido ao acúmulo de neve, que chegou a mais de 30 centímetros (mais de meio metro na periferia). Algumas pessoas inclusive tiraram seus esquis de casa.

As escolas locais não terão aulas nesta sexta-feira. As portas dos escritórios públicos permaneceram fechadas na quinta-feira e poucos ônibus circularam.


Apenas a Flórida sem neve

O serviço meteorológico havia alertado recentemente para a proximidade uma grande corrente de ar frio proveniente do Ártico e que ficaria estacionada sobre parte dos Estados Unidos, criando uma tempestade glacial capaz de paralisar vários estados.

Na quarta-feira, o presidente Barack Obama havia decretado estado de emergência em 45 condados da Geórgia e da Carolina do Sul, em uma decisão que permite aos serviços federais iniciarem sua operação de emergência.

A neve está presente em 49 dos 50 estados americanos, sendo a Flórida a única exceção, segundo um mapa divulgado pelo serviço de meteorologia americano.

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