Caminhão retira neve de estrada no norte da França em meio a fortes nevascas em toda a Europa (Pascal Rossignol/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2010 às 12h35.
Londres - A Europa não teve refresco neste domingo das nevascas que fecharam aeroportos e atrapalharam muitas viagens no fim de semana anterior ao Natal, tradicionalmente um dos períodos mais movimentados do ano.
O aeroporto de Heathrow, em Londres, o mais movimentado da Grã-Bretanha e que teve de fechar suas duas pistas por grande parte do sábado devido à nevasca, não está aceitando pousos neste domingo e afirmou que poucos aviões poderão decolar.
Cerca de 30 toneladas de neve estão sendo retiradas de cada estacionamento de aeronaves, mas o gelo tornou perigosa a movimentação dos aviões.
A pista do segundo aeroporto mais movimentado de Londres, o de Gatwick, está aberta, mas milhares de passageiros tinham de aceitar os atrasos e cancelamentos de voos, como na maioria dos aeroportos britânicos.
Na Alemanha, a Fraport, operadora do aeroporto de Frankfurt, afirmou que 470 voos foram cancelados neste domingo até agora e que há a expectativa da piora das condições climáticas no decorrer do dia.
A neve cobriu o norte da França, atrasando a programação de trens e forçando o cancelamento de voos.
Nos aeroportos de Roissy-Charles de Gaulle e Orly, em Paris, onde 700 mil passageiros eram esperados, um quarto dos voos foi cancelado, e os atrasos estavam, em média, em uma hora.
O secretário de Estado da França para o Transporte, Thierry Mariani, pediu que os franceses evitem dirigir, depois que o governo recebeu fortes críticas neste mês por não estar melhor preparado para uma tempestade de neve que deixou muitas pessoas presas em seus próprios carros.
Os trens TGV de alta velocidade da França estão cerca de 20 minutos atrasados neste domingo. Durante o período de festas, a expectativa é de que 2,4 milhões de pessoas usem o sistema de trens.O secretário de Transportes britânico, Philip Hammond, afirmou que pediu ao conselheiro científico do governo que avalie se o país está vivenciando uma "mudança radical" nos padrões do tempo devido às mudanças climáticas e se é necessário gastar mais dinheiro com os preparativos para o inverno.
A Grã-Bretanha tradicionalmente tem invernos moderados, mas o do último ano foi o mais frio em 30 anos e este mês de dezembro deve ser o mais gelado desde 1910.