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Neve e baixas temperaturas castigam nordeste dos EUA

O governo federal retomou suas atividades, embora os fortes ventos mantenham as temperaturas muito abaixo da média

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 19h43.

Milhões de americanos desafiaram o frio nesta quarta-feira para tentar ir para o trabalho no nordeste dos Estados Unidos, onde várias cidades e aeroportos permaneciam afetados pelos mais de 30 centímetros de neve que caíram na região.

O governo federal retomou suas atividades, embora os fortes ventos mantenham as temperaturas muito abaixo da média, com milhares de voos cancelados e estradas ainda congeladas.

A neve não foi tão abundante nesta quarta-feira, ao contrário do que aconteceu na noite de terça, porém os fortes ventos e as baixas temperaturas perturbaram a vida dos moradores da região, onde muitas escolas e escritórios se mantiveram fechadas.

Segundo o Serviço Meteorológico Nacional, em Nova York está prevista uma temperatura de até -10 graus Celsius durante o dia e rajadas geladas que provocarão uma sensação térmica de -21 graus.

Na cidade, as escolas abriram e a maioria das linhas do trem subterrâneo não apresentaram problemas, mas o novo prefeito Bill de Blasio foi acusado pela imprensa de ter uma atuação ineficiente durante a segunda tempestade de inverno de sua administração, que tem menos de quatro semanas.

De fato, estava prevista a mobilização de 1.700 máquinas na noite de terça-feira para remover a neve das ruas da maior cidade dos Estados Unidos. Mas a neve chegou antes do previsto e os cidadãos se queixaram da demora em mobilizar os equipamentos de manutenção, o que provocou uma série de engarrafamentos e acidentes.

"Não posso acreditar que De Blasio tenha feito isto. Está deixando todo mundo em perigo", declarou Barbara Tamerin, de 70 anos, ao jornal The New York Post. "Em que estava pensando? Só consigo caminhar pelos arredores, e estou calçando meus sapatos para neve!".


Mas para outros, a neve transformou o Central Park em um parque de diversões. Tatia, uma babá, cuidava de duas crianças que brincavam com um trenó.

"Vou levá-los até o topo desta colina, para que eles escorreguem, e depois tentaremos fazer um boneco de neve", disse à AFP.

Um pouco mais ao sul, em Washington, o governo federal reabriu as portas, depois de ter pedido aos funcionários públicos que ficassem em casa na véspera, um dia depois do feriado de Martin Luther King.

No entanto, as repartições públicas reabriram duas horas depois do habitual e alguns funcionários estão autorizados a trabalhar de suas casas ou a pedir uma licença não prevista.

A maioria das escolas das cidades de Maryland e Virgínia e arredores permanecia fechada nesta quarta-feira.

O trajeto aos locais de trabalho foi prejudicado pela baixa visibilidade das estradas.

Na Filadélfia e em Chicago, a neve chegou a 40 centímetros de altura e provocou o cancelamento de centenas de voos e atrasos nos trens.

Os governadores dos estados de Delaware, Nova Jersey e Nova York declararam estados de emergência.

Mais de 1.500 voos, fora e dentro dos Estados Unidos, foram cancelados nesta quarta-feira e cerca de 3.000 estavam atrasados, informou o FlightAware, um site que monitora o tráfego aéreo.

O operador nacional Amtrak informou que seus trens manterão uma "agenda modificada" em sua linha Northeast Corridor, entre Washington e Boston, assim como em outras duas rotas da região mais afetada.

O nordeste dos Estados Unidos foi castigado por outra onda de frio polar há duas semanas.

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