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Netanyahu se aproxima de acordo com o partido Kalunu

Líder do Kulanu prometeu ao eleitorado um plano nacional para diminuir os preços astronômicos dos imóveis de Israel


	Negociadores do partido de Netanyahu, o Likud, e o Kulanu afirmaram que estão muito perto de um pacto depois de ambos os líderes acertarem quais ministérios ficarão sob comando de aliados de Kahlon
 (Jack Guez/AFP)

Negociadores do partido de Netanyahu, o Likud, e o Kulanu afirmaram que estão muito perto de um pacto depois de ambos os líderes acertarem quais ministérios ficarão sob comando de aliados de Kahlon (Jack Guez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2015 às 10h25.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avançou nas negociações para fechar um acordo com o dirigente do partido Kulanu, Moshe Kahlon, o que abre caminho para seu quarto governo, confirmam fontes de ambas as legendas ao jornal "Yedioth Ahronoth".

Negociadores do partido de Netanyahu, o Likud, e o Kulanu afirmaram que estão muito perto de um pacto depois de ambos os líderes acertarem quais ministérios ficarão sob comando de aliados de Kahlon: Finanças, Habitação e Meio Ambiente.

O líder do Kulanu prometeu ao eleitorado um plano nacional para diminuir os preços astronômicos dos imóveis de Israel, parte de sua campanha para as eleições gerais de 17 de março.

Também foi acertado que o Kulanu controlará a disputada Comissão Nacional de Planejamento Urbanístico, órgão vinculado ao Ministério do Interior, já prometido ao partido ultraortodoxo Shas.

O Shas se nega a ceder a comissão ao Kulanu, obrigando Netanyahu a optar por uma "solução criativa", indicou o "Yedioth Ahronoth". Em troca, os ultraortodoxos ganharão o Ministério da Economia, de Desenvolvimento do Neguev e da Galileia, além da responsabilidade sobre Jerusalém.

Por enquanto, o líder do Shas, Aryeh Deri, mantém-se irredutível, mas no Likud a expectativa é que, uma vez fechado o acordo com o Kulanu, os partidos ultraortodoxos recuem, devido a sua menor representatividade na coalizão e o alto preço de ficar fora do governo.

Na última legislatura, a ausência do Shas no Executivo possibilitou a aprovação de uma lei histórica de alistamento de jovens ultraortodoxos, além dos avanços de vários projetos de regulação civil, contrários aos interesses do partido.

O jornal acrescentou que Netanyahu deixou para o final do processo de negociação as conversas com os partidos Lar Judaico e Yisrael Beteinu, com os quais existe uma certa "desconfiança" nos últimos dias.

Uma caricatura publicada hoje mostra a porta de uma clínica na qual o "Doutor Bibi" (Netanyah) faz os líderes desses partidos, Naftali Bennett e Avigdor Lieberman, esperarem. Ambos reclamam que estão aguardando o "atendimento médico" desde o último dia 18 de março, quando foram divulgados os resultados das eleições.

A espera motivou a proliferação de informações de que o primeiro-ministro poderia optar por um governo de união nacional com a União Sionista. Ontem, a emissora "Canal 1" revelou que Netayahu teve um encontro secreto com seu principal opositor, Isaac Herzog, líder do grupo de centro-esquerda.

Apesar de ambos negarem a reunião, há duas semanas os dois rebaixaram o tom de seus ataques mútuos e deixaram de afirmar aos seus eleitores a impossibilidade de integrarem o mesmo governo.

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