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Netanyahu admite possibilidade de derrota nas eleições

Netanyahu tenta mobilizar os eleitores de seu partido, o conservador Likud, ante as pesquisas que apontam uma vantagem crescente da União Sionista

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, discursa para partidários em Netanyahu (Jack Guez/AFP)

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, discursa para partidários em Netanyahu (Jack Guez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 09h48.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, admitiu que pode perder as eleições legislativas da próxima a terça-feira e citou o perigo de "capitulação em todas as frentes" diplomáticas em caso de vitória do trabalhista Isaac Herzog, em uma tentativa de mobilizar os eleitores.

"Nossa segurança corre um grande perigo porque existe um risco real de derrota nas eleições"< declarou Netanyahu em uma entrevista ao jornal Jerusalem Post.

Netanyahu tenta mobilizar os eleitores de seu partido, o conservador Likud, ante as pesquisas que apontam uma vantagem crescente da União Sionista, aliança do Partido Trabalhista de Herzog e do centrista HaTnuah de Tzipi Livni.

"Se a distância continuar aumentando entre o Likud e o Partido Trabalhista, em uma semana Herzog e Livni assumirão em turnos como primeiros-ministros, com o apoio dos partidos árabes", disse Netanyahu na entrevista, que será publicada na íntegra na sexta-feira.

Herzog e Livni fecharam um acordo e, em caso de vitória, cada um assumirá o posto de chefe de Governo durante dois anos.

Netanyahu, que se apresenta como o fiador da segurança do país, advertiu que os rivais "capitularão em todas as frentes" e aceitarão, por exemplo, sair das fronteiras de 1967, dividir Jerusalém ou acabar com a oposição a um acordo nuclear com o Irã.

Uma pesquisa divulgada pelo jornal Haaretz aponta 24 cadeiras para a União Sionista e 21 para Likud, das 120 no Parlamento.

Mas o sistema eleitoral israelense não garante o posto de primeiro-ministro ao líder do partido vencedor nas urnas, e sim para aquele que consegue formar uma coalizão de apoio.

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