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Nepal lança campanha de vacinação infantil após o terremoto

A falta de refúgio e as deficientes condições de saúde são um grave risco para uma rápida propagação do sarampo entre as crianças


	A falta de refúgio e as deficientes condições de saúde são um grave risco para uma rápida propagação do sarampo entre as crianças
 (REUTERS/Bikash Dware)

A falta de refúgio e as deficientes condições de saúde são um grave risco para uma rápida propagação do sarampo entre as crianças (REUTERS/Bikash Dware)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2015 às 10h08.

Katmandu - O Ministério da Saúde nepalês iniciou urgentemente uma campanha de vacinação infantil para combater um possível surto de sarampo que pode ser mortal devido às precárias condições nas quais vivem muitas crianças após o terremoto.

O alvo da campanha é vacinar 500 mil crianças e ontem, durante o dia do lançamento, foram imunizados mais de "cem" menores, disse nesta terça-feira à Agência Efe Rose Foley, representante no Nepal do Fundo da ONU para a Infância (Unicef), que colabora com o governo do país.

"Ainda não dispomos dos números totais do primeiro dia de campanha, mas foram centenas e centenas", assegurou Foley, que esclareceu que durante a fase inicial foram vacinadas as crianças menores de cinco anos nos distritos de Bhaktapur, Katmandu e Lalitpur.

"A vacinação continuará durante as próximas semanas nos 12 distritos mais afetados pelo terremoto", acrescentou a representante da Unicef, cujo organismo estima que uma de cada dez crianças não estão vacinadas contra o sarampo no Nepal.

A falta de refúgio e as deficientes condições de saúde são um grave risco para uma rápida propagação da doença entre as crianças, que vivem em assentamentos temporários do governo ou perto de suas casas destruídas.

"O sarampo é muito contagioso e pode ser potencialmente muito mortífero. Tememos que possa se propagar muito depressa nos frequentemente congestionados acampamentos onde vivem muitas crianças", expressou em comunicado outro represente da Unicef, Tomoo Hozumi.

Segundo Hozumi, as organizações internacionais estão há "décadas tentando eliminar o sarampo no Nepal e, se não houver uma atuação rápida, existe um risco real que seja visto como a maior ameaça para as crianças", advertiu.

O número de mortos pelo terremoto que há dez dias o Nepal sofreu superou os 7,5 mil e o de feridos os 14,4 mil, segundo o último apuração oficial do governo nepalês.

Esse terremoto de 7,8 graus na escala aberta de Richter foi o de maior magnitude registrado no Nepal em 80 anos e o pior na região em uma década, desde que em 2005 outro terremoto deixou mais de 84 mil mortos na Caxemira.

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