O líder norte-coreano, Kim Jong-un: a Coreia do Sul parou de emitir propaganda através de alto-falantes na fronteira, e a Coreia do Norte expressou pesar pela explosão de minas terrestres (AFP/ Kns)
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2015 às 12h34.
Um dos dois norte-coreanos que participam das negociações para aliviar as tensões com seu vizinho do Sul evocou nesta quinta-feira uma "mudança dramática" nas relações entre os dois rivais.
Kim Yang-Gon, funcionário do partido único encarregado dos assuntos com a Coreia do Sul, descreveu positivamente o acordo concluído na terça-feira e considerou que poderia levar a uma real melhoria das relações bilaterais.
Seu comentário, publicado pela agência oficial de notícias KCNA, contrasta com o do chefe dos negociadores norte-coreano, Hwang Pyong-So, que apresentou este acordo como uma vitória para Pyongyang e uma lição para o Sul.
Após mais de 40 horas de negociações na aldeia fronteiriça de Panmunjom, as duas Coreias chegaram a um acordo no início desta semana, como parte do compromisso que permitiu que os dois países rivais evitar um possível conflito armado.
Sob o acordo, a Coreia do Sul parou de emitir propaganda através de alto-falantes na fronteira, e a Coreia do Norte expressou pesar pela explosão de minas terrestres.
Kim Yang-Gon considerou que este acordo permitiu resolver uma situação volátil, mas representou sobretudo uma "virada para a paz, a estabilidade, a reconciliação e a cooperação".
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra há 65 anos, desde que o conflito armado terminou com um cessar-fogo que nunca foi formalizado em um tratado de paz como tal.