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Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2015 às 14h26.
Viena - O negociador iraniano Abbas Araghchi indicou nesta terça-feira que espera alcançar um acordo definitivo sobre o programa nuclear do Irã nas negociações previstas com as potências mundiais até 1º de julho, ao serem retomadas as negociações em Viena.
A retomada foi marcada, no entanto, pela lei do Senado dos Estados Unidos que obriga a submeter ao Congresso o ansiado acordo.
"Há diversos elementos dentro e fora da sala de negociações que podem impedir um acordo, mas apesar disso continuamos com as negociações e esperamos muito alcançar um acordo antes da data fixada", declarou o diplomata à televisão iraniana desde Viena.
Araghchi, que é ministro adjunto das Relações Exteriores, e seu colega Madjid Takht Ravanchi retomaram nesta terça-feira as negociações a portas fechadas com a negociadora da UE, Helga Schmidt, no palácio Coburgo de Viena, indicou uma fonte europeia.
O objetivo é alcançar um acordo definitivo sobre o programa nuclear iraniano, após o compromisso alcançado em 2 de abril em Lausanne, Suíça, entre Teerã e as potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha).
A delegação americana, dirigida por sua negociadora chefe Wendy Sherman, partirá na quarta-feira a Viena, indicou na segunda-feira o Departamento de Estado. As partes negociadoras se reunirão completas na sexta-feira, em nível de diretores políticos das chancelarias, declarou o serviço diplomático da UE há uma semana.
O objetivo de um acordo completo é certificar sem a menor dúvida a natureza pacífica do programa nuclear iraniano, em troca de um levantamento das sanções impostas a Teerã desde 2006 por enriquecer urânio.
A finalização do acordo se deparou, no entanto, com um novo obstáculo, depois que o Senado americano adotou no dia 8 de maio uma lei que obriga o presidente Barack Obama a submeter ao Congresso qualquer acordo nuclear definitivo, uma iniciativa denunciada por Teerã.
O Irã desmente com firmeza a suspeita de que estaria tentando construir uma bomba atômica, e diz que seu programa é puramente civil.