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Negociação entre sírios é único caminho para paz, diz ONU

O diplomata destacou que o acordo de cessar-fogo alcançado em dezembro reduziu os níveis de violência, mas não colocou um fim a ela

De Mistura: o enviado agradeceu a presença na capital cazaque dos representantes do governo sírio e da oposição (Pierre Albouy/Reuters)

De Mistura: o enviado agradeceu a presença na capital cazaque dos representantes do governo sírio e da oposição (Pierre Albouy/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 11h54.

Astana - O enviado do secretário-geral da ONU, Staffan de Mistura, afirmou nesta segunda-feira que a negociação entre as partes é o único caminho para a paz na Síria, ao dirigir-se aos participantes da reunião realizada em Astana, no Cazaquistão, para impulsionar a busca de uma solução para o conflito no país árabe.

De Mistura agradeceu especialmente a presença na capital cazaque dos representantes do governo sírio e da oposição.

"Sei que não foi fácil estar aqui. Mas tenho certeza que a imensa maioria do povo sírio está contente que tenham vindo e que estejam sentados à mesma mesa", disse o diplomata italiano, segundo um comunicado distribuído pela ONU.

De Mistura acrescentou que "o único caminho para pôr fim ao conflito e garantir uma solução política é a negociação, a negociação entre sírios".

O enviado do secretário-geral lembrou que no último mês o Conselho de Segurança da ONU adotou em duas ocasiões resoluções unânimes sobre a Síria, o que qualificou de "um bom sinal", e expressou sua confiança de que todos os atores regionais se juntarão a estes esforços.

O diplomata destacou que o acordo de cessar-fogo alcançado em dezembro entre o governo sírio e importantes grupos armados da oposição reduziu os níveis de violência no país árabe, mas não colocou um fim à mesma.

"A proteção dos civis - homens e mulheres - deve ser a máxima prioridade. Todas as partes devem proteger os civis e as infraestruturas civis, incluídos hospitais, escolas, redes elétricas e de água potável, e também áreas como mercados", disse o enviado especial.

Segundo De Mistura, a possibilidade de o cessar-fogo gerar frutos e se estender para todo o país será maior se as partes representadas em Astana forem capazes de chegarem a um acordo para elaborar um mecanismo que seja responsável por sua supervisão e implementação.

"No passado, não tivemos um mecanismo para supervisionar e implementar um cessar-fogo em nível nacional, e essa é a razão pela qual fracassamos com frequência", disse o enviado do secretário-geral da ONU.

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