Washington - O navio americano "Cape Ray" partiu nesta quarta-feira da base naval de Rota (Cádis, Espanha) para atuar no arsenal químico sírio em um porto italiano e proceder a destruição em águas internacionais, informou o Pentágono.
O cargueiro de 22 mil toneladas já está a caminho do porto italiano de Gioia Tauro, onde receberá todo o arsenal químico a partir da embarcação dinamarquesa Ark Futura, que foi o intermediário na transferência, segundo o comunicado.
Uma vez o "Cape Ray" receba as 560 toneladas de químicos declarados pela Síria à Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), se deslocará para alto-mar para proceder à destruição por meio de um processo de hidrólise.
Segundo o Pentágono, "a neutralização será realizada de uma maneira segura e respeitosa com o meio ambiente. Nenhum resíduo desta operação será jogado no meio ambiente".
O "Cape Ray" ficou quatro meses em Rota à espera que completar a entrega do arsenal químico e o posterior transporte ao porto mediterrâneo de Lataquia. Os químicos que serão transferidos à embarcação americana incluem os compostos para produzir gás sarin e gás mostarda.
Essa é a primeira vez na história que um país entrega todo seu arsenal de armas químicas para destruição total. O acordo foi conseguido, com a mediação da Rússia, após a ameaça dos Estados Unidos de realizar ataques aéreos contra o regime sírio por ter utilizado gás sarin contra população civil em meados do ano passado.
Segundo o acordo entre Rússia e Estados Unidos, o arsenal devia ser destruído antes de 30 de junho, um prazo que não poderá ser cumprido já que é preciso vários meses para destruir essas mais de 500 toneladas de elementos mais letais.
As últimas 100 toneladas de químicos foram as que mais problemas de transporte deram pela frágil segurança de algumas regiões da Síria devido aos três anos de guerra civil.
-
1. No topo da cadeia militar
zoom_out_map
1/12 (Vernon Pugh/Wikimedia Commons)
São Paulo - A
Ucrânia despertou novamente a rivalidade entre
Rússia e
Estados Unidos, mas a verdade é que o mercado de defesa mundial nunca deixou de depender dos dois antigos rivais. Juntos, eles foram responsáveis por 56% do total de armas exportadas no mundo entre 2009 e 2013, de acordo com um
novo relatório do Stockholm International Peace Research Institute. A maior surpresa é a escalada da
China, que exportou 212% mais do que no período anterior e conquistou a quarta posição. Veja a seguir quais são os 10 países que mais exportaram armas - o que inclui equipamento militar como aviões e navios - entre 2009 e 2013:
-
2. 1. Estados Unidos
zoom_out_map
2/12 (James R. Evans / US Navy)
Os Estados Unidos foram responsáveis por 29% das armas exportadas e 61% deste volume foi de aeronaves Principais parceiros: 1) Austrália (10%) 2) Coreia do Sul (10%) 3) Emirados Árabes Unidos (9%)
-
3. 2. Rússia
zoom_out_map
3/12 (Fred Tanneau/AFP)
A Rússia foi responsável por 27% das armas exportadas e é a maior exportadora de navios, incluindo o único submarino nuclear exportado no período Principais parceiros: 1) Índia (38%) 2) China (12%) 3) Algéria (11%)
-
4. 3. Alemanha
zoom_out_map
4/12 (Hannelore Foerster/Bloomberg)
A Alemanha foi responsável por 7% das armas exportadas e seu volume exportado diminuiu 24% em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Estados Unidos (10%) 2) Grécia (8%) 3) Israel (8%)
-
5. 4. China
zoom_out_map
5/12 (Nelson Ching/Bloomberg)
A China é responsável por 6% das armas exportadas e o volume exportado subiu 212% em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Paquistão (47%) 2) Bangladesh (13%) 3) Mianmar (9%)
-
6. 5. França
zoom_out_map
6/12 (Alastair Miller/Bloomberg)
A França foi responsável por 5% das armas exportadas e o volume exportado teve queda de 30% em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) China (13%) 2) Marrocos (11%) 3) Singapura (10%)
-
7. 6. Reino Unido
zoom_out_map
7/12 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
O Reino Unido é responsável por 4% das armas exportadas, a mesma proporção do período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Arábia Saudita (42%) 2) Estados Unidos (18%) 3) Índia (11%)
-
8. 7. Espanha
zoom_out_map
8/12 (GettyImages)
A Espanha foi responsável por 3% das armas exportadas e teve um aumento de cerca de 80% no volume exportado em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Noruega (21%) 2) Austrália (12%) 3) Venezuela (8%)
-
9. 8. Ucrânia
zoom_out_map
9/12 (Yuriy Dyachsyshyn/AFP)
A Ucrânia foi responsável por 3% das armas exportadas e teve aumento de cerca de 75% no volume exportado em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) China (21%) 2) Paquistão (8%) 3) Rússia (7%)
-
10. 9. Itália
zoom_out_map
10/12 (Victor Sokolowicz/Bloomberg)
A Itália foi responsável por 3% das armas exportadas, o que incluiu polêmicos envios para a Líbia ainda na época de Kadafi Principais parceiros: 1) Índia (10%) 2) Emirados Árabes Unidos (9%) 3) Estados Unidos (8%)
-
11. 10. Israel
zoom_out_map
11/12 (Baz Ratner/Reuters)
Israel é responsável por
2% das armas exportadas e já foi acusado de
não divulgar todos os seus acordos Principais parceiros: 1) Índia (33%) 2) Turquia (13%) 3) Emirados Árabes Unidos (9%)
-
zoom_out_map
12/12 (Divulgação)