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Navio sai da Espanha para neutralizar armas químicas sírias

Navio americano partiu da Espanha para atuar no arsenal químico sírio e continuar com a destruição das armas em águas internacionais


	Inspetor da Opaq: navio transportará as 560 t de químicos declarados pela Síria à Opaq
 (AFP)

Inspetor da Opaq: navio transportará as 560 t de químicos declarados pela Síria à Opaq (AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 14h53.

Washington - O navio americano "Cape Ray" partiu nesta quarta-feira da base naval de Rota (Cádis, Espanha) para atuar no arsenal químico sírio em um porto italiano e proceder a destruição em águas internacionais, informou o Pentágono.

O cargueiro de 22 mil toneladas já está a caminho do porto italiano de Gioia Tauro, onde receberá todo o arsenal químico a partir da embarcação dinamarquesa Ark Futura, que foi o intermediário na transferência, segundo o comunicado.

Uma vez o "Cape Ray" receba as 560 toneladas de químicos declarados pela Síria à Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), se deslocará para alto-mar para proceder à destruição por meio de um processo de hidrólise.

Segundo o Pentágono, "a neutralização será realizada de uma maneira segura e respeitosa com o meio ambiente. Nenhum resíduo desta operação será jogado no meio ambiente".

O "Cape Ray" ficou quatro meses em Rota à espera que completar a entrega do arsenal químico e o posterior transporte ao porto mediterrâneo de Lataquia. Os químicos que serão transferidos à embarcação americana incluem os compostos para produzir gás sarin e gás mostarda.

Essa é a primeira vez na história que um país entrega todo seu arsenal de armas químicas para destruição total. O acordo foi conseguido, com a mediação da Rússia, após a ameaça dos Estados Unidos de realizar ataques aéreos contra o regime sírio por ter utilizado gás sarin contra população civil em meados do ano passado.

Segundo o acordo entre Rússia e Estados Unidos, o arsenal devia ser destruído antes de 30 de junho, um prazo que não poderá ser cumprido já que é preciso vários meses para destruir essas mais de 500 toneladas de elementos mais letais.

As últimas 100 toneladas de químicos foram as que mais problemas de transporte deram pela frágil segurança de algumas regiões da Síria devido aos três anos de guerra civil.

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