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Naufrágios no Mar Egeu fazem 13 mortos, incluindo 6 crianças

Dois novos naufrágios ocorreram neste domingo no Mar Egeu, causando a morte de ao menos treze migrantes, incluindo seis crianças.


	O primeiro naufrágio ocorreu a 20 metros da costa de Galazio de Samos, quando uma embarcação de seis metros de comprimento naufragou.
 (REUTERS/Alkis Konstantinidis)

O primeiro naufrágio ocorreu a 20 metros da costa de Galazio de Samos, quando uma embarcação de seis metros de comprimento naufragou. (REUTERS/Alkis Konstantinidis)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2015 às 12h56.

Dois novos naufrágios ocorreram neste domingo no Mar Egeu, ao largo das ilhas gregas de Samos e Agasthonissi, causando a morte de ao menos treze migrantes, incluindo seis crianças.

O primeiro naufrágio ocorreu a 20 metros da costa de Galazio de Samos, quando uma embarcação de seis metros de comprimento naufragou.

Dez pessoas, incluindo quatro bebês e duas crianças, foram encontradas mortas por afogamento na cabine do barco, proveniente da costa turca.

O corpo de uma menina também foi encontrado na costa de Galazio de Samos.

Quinze pessoas sobreviveram ao naufrágio, enquanto pelo menos dois migrantes foram dados como desaparecidos, segundo a Guarda Costeira grega.

Além disso, um barco da Frontex, a agência de monitoramento das fronteiras da Europa, que navegava ao largo da ilhota de Farmakonnisi, perto de Samos, recuperou neste domingo dois corpos, enquanto três migrantes foram transferidos com segurança para Samos.

De acordo com suas declarações, a embarcação em que estavam, junto com outras 15 pessoas, naufragou em águas turcas.

As autoridades gregas, assim como a Guarda Costeira turca, "continuam com as buscas na área para encontrar os migrantes desaparecidos neste naufrágio, que provavelmente ocorreu ao largo da costa da Turquia", informou à AFP uma funcionária da assessoria de imprensa da polícia portuária grega.

Estes novos incidentes somam-se a uma dúzia de naufrágios que ocorreram desde segunda-feira ao largo da ilha grega de Lesbos, no noroeste do Mar Egeu, e Rhodes Kalymnos, localizada no sudeste do mar que separa a Grécia da Turquia, e que fizeram cerca de sessenta vítimas, incluindo mais da metade delas crianças.

Na sexta-feira, 22 refugiados, incluindo 17 crianças, morreram nesta travessia de uma dúzia de milhas marítimas entre as ilhas gregas e a costa oeste da Turquia.

Quarta-feira também foi um dia negro com cinco naufrágios ao largo da costa de Lesbos, Samos e Agathonisi, que matou 24 pessoas, incluindo 11 crianças.

Com a chegada do mau tempo e a pressa dos refugiados, principalmente sírios, de tentar antecipar o fechamento contínuo das fronteiras europeias, o número de vítimas encontradas em águas gregas do Mar Egeu subiu para mais de 80, em sua maioria crianças, no mês de outubro, de acordo com um relatório elaborado pela AFP.

Desde o início do ano, as chegadas por via marítima à Grécia atingiu a cifra de 580.125, de acordo com dados revisados ​​do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), de um total de 723.221 que chegaram no Mediterrâneo.

Na Itália, a contagem era de 140.200.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, falou na sexta-feira para o Parlamento grego sobre estes naufrágios, "uma tragédia humanitária" e uma "desgraça" para a Europa, de acordo com ele.

Alexis Tsipras deve visitar Lesbos esta semana com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schultz, de acordo com o primeiro-ministro.

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