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Naufrágio na Grécia mata 78 migrantes e deixa dezenas de feridos e de desaparecidos

As autoridades disseram que 104 pessoas foram resgatadas até a publicação desta matéria, após o incidente noturno a cerca de 75 quilômetros da região sul do Peloponeso

Médicos acompanham sobrevivente de naufrágio na costa da Grécia, em Kalamata

 (AFP/AFP)

Médicos acompanham sobrevivente de naufrágio na costa da Grécia, em Kalamata (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 14 de junho de 2023 às 11h21.

Última atualização em 14 de junho de 2023 às 11h21.

Pelo menos 78 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas na costa sul da Grécia depois que um barco de pesca que transportava migrantes afundou, informaram órgãos locais nesta quarta-feira, 14.

As autoridades disseram que 104 pessoas foram resgatadas até a publicação desta matéria, após o incidente noturno a cerca de 75 quilômetros da região sul do Peloponeso. Quatro sobreviventes estavam em condição crítica, com sinais de hipotermia, e foram transportadas de helicóptero para um hospital de Kalamata, no sul do Peloponeso.

A embarcação, que estava com centenas de migrantes de acordo com uma fonte do Ministério das Migrações da Grécia, afundou em águas internacionais, próximo à costa grega.

As autoridades da Grécia informaram que, no momento do naufrágio nenhuma pessoa a bordo usava colete salva-vidas. As nacionalidades das vítimas não foram divulgadas.

Seis navios da guarda costeira, uma fragata da Marinha, um avião de transporte militar, um helicóptero da força aérea, várias embarcações privadas e um drone da agência de proteção de fronteiras da União Europeia, Frontex, estão participando das buscas.

Acredita-se que o barco com destino à Itália partiu da área de Tobruk, no leste da Líbia. Um avião de vigilância da agência europeia Frontex detectou a presença da embarcação na tarde de terça-feira, 13, mas os passageiros "rejeitaram a ajuda", de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades portuárias gregas.

No porto de Kalamata, no sul, dezenas de migrantes resgatados foram levados para áreas protegidas montadas pelos serviços de ambulância e pela Agência das Nações Unidas para Refugiados para receberem roupas secas e atendimento médico.

As autoridades líbias lançaram uma grande repressão aos migrantes no início deste mês no leste do país. Ativistas disseram que vários milhares de migrantes, incluindo egípcios, sírios, sudaneses e paquistaneses, foram detidos. As autoridades líbias deportaram muitos egípcios para seu país de origem através de um ponto de passagem terrestre.

No oeste da Líbia, as autoridades invadiram centros de migrantes na capital, Trípoli, e em outras cidades nas últimas semanas. Pelo menos 1,8 mil migrantes foram detidos e levados para centros de detenção administrados pelo governo, de acordo com a agência de refugiados da ONU.

Veleiro rebocado

Também nesta quarta-feira, um veleiro em dificuldades, com 80 migrantes a bordo, que navegava nas proximidades de Creta também foi resgatado e rebocado pela Guarda Costeira até o porto de Kaloi Limenes, no sul da ilha, perto da Líbia, informou a polícia portuária grega.

Com uma longa fronteira marítima, a Grécia é uma rota frequente de imigrantes procedentes da vizinha Turquia. O país enfrenta crescentes tentativas de entrada por vias próximas das ilhas Cíclades a até o Peloponeso, para evitar as patrulhas no Mar Egeu, mais ao norte, cenário de muitos naufrágios, muitas vezes fatais. O país é acusado, com frequência, de rejeitar "ilegalmente" a presença de barcos de migrantes.

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