Naufrágio em Uganda: A embarcação transportava por volta de 100 passageiros, disse Zurah Ganyana, oficial de polícia (James Akena/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de novembro de 2018 às 08h59.
Kampala - Ao menos 31 pessoas morreram no sábado, 24, no naufrágio de uma embarcação de luxo que navegava com mais que o dobro de passageiros permitidos na parte do Lago Vitória que pertence a Uganda. Mergulhadores afirmam que o número deve subir neste que é um dos piores desastres marítimos do país.
A embarcação, que transportava principalmente jovens num cruzeiro de lazer, afundou por volta das 19 horas de sábado e encontra-se a 200 metros de profundidade. Dezenas de pessoas foram resgatadas durante a madrugada, mas ainda havia muitos desaparecidos.
De acordo com a imprensa local, entre as pessoas resgatadas com vida estavam personalidades de renome local como a cantora Iryn Namubiru e o príncipe David Wasajja, irmão do rei de Buganda (reino dentro de Uganda), Ronald Muwenda Mutebi II, líder de vários clãs locais.
"A causa principal do acidente foi a sobrecarga, mas ainda assim o navio estava em mau estado do ponto de vista mecânico", informou a polícia de Uganda nas redes sociais.
A embarcação transportava por volta de 100 passageiros, disse Zurah Ganyana, oficial de polícia que trabalha no local, apesar de ter capacidade para aproximadamente 50.
"Obviamente os operadores serão acusados de negligência criminal e de homicídio, se já não foram castigados eles mesmos morrendo no acidente", afirmou o presidente de Uganda, Yoweri Museveni.
O presidente também disse que o barco pertencia a um homem chamado Templa Bissase o Bissaso e a sua mulher.
Este é o segundo naufrágio em poucos meses no Lago Vitória, que abrange o território de Uganda, Tanzânia e Quênia. Em setembro, um acidente na parte da Tanzânia deixou mais de 200 mortos. (Com agências internacionais)