Uganda: o acidente foi causado pela sobrecarga a a má conservação da embarcação, informou a polícia (Newton Nambwaya/Reuters)
EFE
Publicado em 27 de novembro de 2018 às 11h02.
Campala - Pelo menos 40 pessoas das mais de 100 que estavam a bordo da embarcação de luxo que naufragou no sábado passado na parte ugandense do Lago Victoria continuam desaparecidas, informou a imprensa local nesta terça-feira.
Ao todo, 32 corpos foram recuperados e 26 pessoas foram resgatadas com vida, disseram ao jornal "Daily Monitor" fontes da polícia, que ressaltaram os esforços de ontem para encontrar mais passageiros, mas sem sucesso.
"Os mergulhadores não encontraram corpos na embarcação. Estamos tentando virar o barco para verificar se não há ninguém preso no fundo", afirmou a chefe da operação de resgate, Zurah Ganyana.
A polícia de Uganda informou que a principal causa do acidente foi a sobrecarga combinada à má conservação do ponto de vista mecânico.
Conforme dados do governo, a embarcação tinha 120 pessoas participando de uma festa, apesar de ter capacidade para apenas 50. O barco iria de KK Beach, em Campala, para K Palm Bech, em Mukono, quando afundou a pouco mais de 100 metros da margem.
"Obviamente os operadores deste barco serão acusados de negligência e homicídio, e já foram castigados pelo seu erro morrendo no acidente", afirmou o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, após ser confirmada a causa do naufrágio.
Entre os passageiros que se salvaram estão celebridades nacionais como a cantora Iryn Namubiru e o príncipe David Wasajja, irmão do rei de Buganda (Ronald Muwenda Mutebi II, líder tradicional de vários clãs ugandenses).
Este é o segundo naufrágio fatal no Lago Victoria - que banha Uganda, Tanzânia e Quênia - nos últimos meses. Em 20 de setembro, um acidente com uma embarcação na parte tanzaniana deixou mais de 200 pessoas mortas.