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Naufrágio deixa 46 mortos e 16 desaparecidos no Golfo de Áden, diz ONU

Pelo menos 100 migrantes etíopes estavam "amontoados" na embarcação de um contrabandista que naufragou por causa de grandes ondas

ONU: sobreviventes contaram que os passageiros da embarcação não usavam coletes salva-vidas (Nicholas Roberts/AFP)

ONU: sobreviventes contaram que os passageiros da embarcação não usavam coletes salva-vidas (Nicholas Roberts/AFP)

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AFP

Publicado em 6 de junho de 2018 às 21h15.

A agência da ONU para as migrações informou nesta quarta-feira (6) que ao menos 46 migrantes, aparentemente etíopes, morreram afogados quando sua embarcação naufragou ao se aproximar do Iêmen, depois de terem cruzado o Golfo de Áden.

A equipe da Organização Internacional das Migrações (OIM), presente no local, conseguiu ajudar os que chegaram vivos a uma praia do Iêmen, e assinalou que "46 migrantes se afogaram, 37 homens e nove mulheres", indicou a OIM no comunicado, acrescentando que há 16 desaparecidos.

A embarcação naufragou devido às altas ondas quando se aproximava do destino esta madrugada.

Pelo menos 100 migrantes - 83 homens e 17 mulheres - estavam "amontoados" na embarcação de um contrabandista, que partiu do porto de Bossaso (norte), na Somália, em 5 de junho, informou a OIM.

A agência acrescentou que, segundo informações, os migrantes eram todos etíopes.

"Os sobreviventes contaram que os passageiros que não usavam coletes salva-vidas no barco do contrabandista foram tomados pelo pânico quando as ondas altas vieram", disse a OIM.

"À medida que o barco ficava cheio d'água, foram jogados no mar agitado", acrescentou a agência.

Sete mil migrantes entram no Iêmen cada mês e uns cem mil migrantes, principalmente do Chifre da África, fugiram em 2017 de seus países para chegar ao Iêmen, apesar da guerra e da crise humanitária que afetam o país, segundo a OIM.

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