Homem na beira do mar próximo de local onde parentes e amigos das vítimas do naufrágio estão reunidos: mais de 160 pessoas seguem desaparecidas (Ed Jones/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2014 às 10h47.
Jindo - Uma semana após o naufrágio da "Sewol", uma balsa sul-coreana com centenas de passageiros a bordo, foram recuperados mais de 130 cadáveres, enquanto mais de 160 pessoas, em sua maioria adolescentes, seguem desaparecidas, uma espera que prolonga a agonia dos pais.
Os familiares dos desaparecidos se reúnem desde a manhã no porto de Jindo, a ilha vizinha ao local da catástrofe, e ali esperam a chegada dos barcos de resgate que, em intervalos cada vez mais frequentes, desembarcam os cadáveres que vão sendo recuperados.
Segundo o balanço divulgado nesta quarta-feira, os mergulhadores recuperaram 136 corpos, restando 166 pessoas desaparecidas, certamente mortas.
A balsa, que transportava 476 pessoas a bordo, naufragou na quarta-feira, 16 de abril, às 09h00 da manhã local, em frente à costa meridional da Coreia do Sul quando se dirigia à ilha turística de Jeju.
Mais de 350 passageiros eram estudantes em viagem de férias, acompanhados por uma dezena de professores.
Eles frequentavam a escola Danwon, em Ansan, uma cidade localizada ao sul de Seul. Todo o país está de luto.
Cerca de 280 estudantes morreram ou desapareceram no acidente. O diretor-adjunto da escola, que sobreviveu ao naufrágio, se suicidou dois dias depois.
O estabelecimento montou um memorial em seu ginásio: cestas com crisântemos brancos, amarelos e verdes cercam os retratos de 22 jovens, cujos funerais já foram realizados.
Acima das flores, um cartaz diz: "rezamos pelas almas dos que se foram".