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Não vamos dar boas-vindas aos expulsos de Israel, diz senador italiano

Parlamentares italianos não reagiram bem ao acordo feito entre Israel e a Acnur de enviar cerca de 16 mil refugiados a países ocidentais

Parlamentares italianos afirmaram que não pretendem aceitar mais imigrantes ilegais (Nir Elias/Reuters)

Parlamentares italianos afirmaram que não pretendem aceitar mais imigrantes ilegais (Nir Elias/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de abril de 2018 às 15h35.

Última atualização em 2 de abril de 2018 às 15h42.

Roma - O Ministério de Relações Exteriores da Itália afirmou nesta segunda-feira que o país não assinou nenhum acordo para colher imigrantes africanos beneficiados por um pacto entre Israel e a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Israel anunciou hoje um acordo com a Acnur para enviar 16.250 africanos para outros países ocidentais. O pacto foi feito após o cancelamento de um controverso plano colocado em vigor no início deste ano para deportar milhares desses imigrantes.

Segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o acordo permitirá a saída de 16.250 migrantes a países desenvolvidos como "Canadá, Alemanha e Itália".

As declarações de Netanyahu foram fortemente criticadas pela coalizão de direita comandada por Forza Itália e Liga Norte.

Um dos vice-presidentes do Senado, Roberto Calderoli, da Liga Norte, disse que a Itália não aceitará mais imigrantes ilegais e trabalhará para enviá-los de volta para casa.

"Estamos longe de dar boas-vindas aos expulsos de Israel", disse.

O senador Maurizio Gasparri, do Forza Itália, afirmou que o país se tornou o "paraíso dos imigrantes ilegais" e não quer acolher mais pessoas. Para ele, as pessoas que chegam ao litoral do país devem ir para outros lugares.

A coalizão de direita liderada pelos dois partidos venceu as eleições legislativas do último dia 4 de março. Uma das principais promessas de campanha era a deportação de 600 mil imigrantes ilegais do país.

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