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'Não somos monstros', diz islamita de shopping a uma criança

Um dos islamitas que atacaram o shopping de Nairóbi deu um chocolate a um menino britânico de 4 anos refém do ataque e pediu desculpas a ele, diz jornal

Crianças e uma mulher se protegendo dentro de shopping em Nairóbi: "por favor, me desculpe, não somos monstros", disse islamita a criança (Nichole Sobecki/AFP)

Crianças e uma mulher se protegendo dentro de shopping em Nairóbi: "por favor, me desculpe, não somos monstros", disse islamita a criança (Nichole Sobecki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 10h31.

Londres - Um dos islamitas que atacaram o shopping de Nairóbi deu um chocolate a um menino britânico de 4 anos refém do ataque e pediu desculpas a ele, informou o tio a um jornal inglês.

Elliott Prior, de 4 anos, que acompanhava sua mãe e irmã nas compras no centro comercial Westgate, atacado no sábado, confrontou um dos militantes e disse a ele que "você é um homem muito mau", contou o tio ao jornal The Sun desta terça-feira.

O tio, Alex Coutts, disse ainda que o agressor ficou com pena da família e deixou que eles fugissem, dando às crianças algumas barras de chocolate Mars, antes de dizer: "Por favor, me desculpe, não somos monstros".

Elliott e sua irmã Amelie, claramente assustados, foram fotografados fora do centro comercial, com o chocolate na mão e um corpo atrás deles.

The Sun contou que a mãe, Amber, uma produtora de cinema, ajudou outras duas crianças - uma delas, com 12 anos, ferida, e que teve a mãe assassinada - tirando-as do shopping num carrinho de compras.

"Os terroristas disseram que se houvesse crianças no supermercado, elas podiam sair. Amber decidiu levantar-se e responder que sim", explicou Coutts.

"Elliott então discutiu com um dos atacantes e os chamou de 'homens maus'. Ele foi muito corajoso", contou.

"Os terroristas inclusive deram chocolate para ele".

A família, que vive em Nairóbi, era cliente habitual do supermercado atacado.

Um dos militantes disse à mãe das crianças que queria matar apenas quenianos, e não americanos.

"Ele disse que eu tinha de me converter ao Islã e perguntou: 'você nos perdoam?'", contou ainda a mulher.

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