Nicolás Maduro: Venezuelano sofre pressão nacional e internacional para deixar o poder (Manaure Quintero/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 16h09.
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a criticar nesta segunda-feira que se peça apoio humanitário para seu país no meio da severa crise econômica que ocasiona escassez de alimentos e remédios e disse que a oposição, que impulsiona esta assistência com outros países, precisa de "ajuda mental".
"Não se pode fazer à Venezuela uma promessa falsa de uma suposta ajuda humanitária, é preciso convocar a Venezuela ao trabalho, à produção, ao crescimento da nossa economia, não somos mendigos de ninguém", disse Maduro em um ato com militares no estado de Aragua e transmitido pela televisão.
Nesse sentido, indicou que o país pode resolver seus problemas com esforço e com trabalho e pediu que se ignore o "show ruim e barato" da oposição, que, liderada pelo chefe do parlamento, Juan Guaidó - que se autoproclamou como presidente em exercício -, impulsiona a ajuda humanitária junto a outros países.
Segundo Maduro, a oposição, a qual tachou de "oligarquia", necessita de "ajuda mental para saber se lhes resta alguma dignidade para enfrentar aqueles que do norte nos tratam e nos maltratam com ordens e contra-ordens".
No sábado, Guaidó, que baseia suas ações nos artigos 233, 333 e 350 da Constituição por considerar Maduro ilegítimo ao ter sido eleito em pleitos assinalados como "fraudulentos", anunciou a formação de uma "coalizão nacional e internacional" de ajuda humanitária para a Venezuela com pontos de armazenamento no Brasil e na Colômbia.
Segundo explicou, esta ajuda será direcionada, em sua primeira etapa, à população mais vulnerável.
Além disso, o administrador da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), Mark Green, disse ontem que estão trabalhando para mandar ajuda humanitária à Venezuela.
O encarregado de coordenar a ajuda, o deputado Miguel Pizarro, disse no domingo no Twitter que "nesta semana será realizado o primeiro envio de ajuda humanitária para a Venezuela ao centro de armazenamento de Cúcuta" e que "em breve serão realizados outros envios a um centro de armazenamento no Brasil e a outro centro a ser definido".